São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2000


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OUTRO LADO

Empresas vão voltar, diz secretário

da Reportagem Local

O secretário das Finanças em exercício, Carlos de Souza Braga, disse à Folha que a arrecadação da prefeitura não vai cair com a redução da base de cálculo do ISS porque 400 empresas teriam se comprometido a voltar "imediatamente" para São Paulo.
Além disso, ele alega que as empresas que já estão na capital não seriam beneficiadas pelo decreto porque, segundo dados da secretaria, grande parte delas tem liminares ou decisões judiciais para excluir a folha de pagamento da base de cálculo.
Assim, essas decisões teriam, de acordo com a prefeitura, os mesmos efeitos criados pelo decreto de Pitta. Sem haver, então, queda na arrecadação municipal.
Braga afirma que o objetivo da prefeitura não é entrar na guerra fiscal. "Para isso, teríamos que reduzir muito (a base de cálculo e as alíquotas). Vamos apenas atrair as empresas de volta."
O secretário em exercício afirma que as quatro categorias de empresas são responsáveis por 5% a 6% do ISS total arrecadado pela prefeitura -cerca de R$ 1,4 bilhão por ano.
Com o decreto, a expectativa da prefeitura é, segundo o secretário, aumentar a receita com ISS entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões ao ano.
Braga afirma que a prefeitura havia sido contrária ao projeto de lei do vereador Brasil Vita "porque não tinha noção do impacto que esse projeto teria". Ele afirmou que desta vez a prefeitura teria feito um estudo para verificar o impacto do decreto.
O Departamento de Rendas Mobiliárias da Secretaria de Finanças não soube, contudo, informar qual foi a queda prevista na arrecadação no momento imediatamente posterior à assinatura do decreto.
Também não soube informar qual é a arrecadação da prefeitura com o ISS pago pelas empresas de software e forneceu números diferentes aos de Braga para a arrecadação dos demais setores.
O secretário em exercício não respondeu às ligações da reportagem no final da tarde de ontem para explicar a divergência dos números.



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