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Família deixa bacia com água e chuveiro ligado
DA REPORTAGEM LOCAL
Bacias com água no meio do
quarto, muito hidratante, soro
fisiológico e até mesmo um
chuveiro ligado durante toda a
noite para espalhar o vapor.
Apesar de todos esses cuidados, a família da jornalista Viviane Deeke, 29, tem sentido na
pele os efeitos da massa de ar
seco que atingiu São Paulo.
Seus filhos -Lucas, 5, e Beatriz, 4- estão com os olhos
vermelhos e a garganta irritada.
Viviane e o marido, com rachaduras no nariz. "É horrível, eu
nunca tinha sentido isso antes.
Dá vontade de lavar o rosto o
tempo todo. A gente passa hidratante e nem assim a sensação de secura passa", diz ela,
que mora no Tatuapé (zona
leste). "É um lugar arborizado,
que não tem tanta poluição.
Não pensei que também fôssemos sentir isso."
Para enfrentar o problema,
ela pediu à mãe um vaporizador emprestado. Mas foi a vez
do filho de seu irmão começar
a passar mal durante à noite,
devido ao clima, e o vaporizador teve de mudar de endereço.
Depois a dona do aparelho
também começou a ter problemas devido à baixa umidade
do ar e entrou no rodízio.
"Agora ele fica cada dia na cada de um de nós", afirma a comerciante Sílvia Martins Deeke, 32, cunhada de Viviane.
Nos dias em que fica sem o aparelho, uma toalha molhada é
estendida ao lado da cama.
Mesmo assim, tanto ela como o
filho caçula, Guilherme, 2, começaram a acordar com falta
de ar, de madrugada. "A garganta fica ardendo, o nariz.
Nunca tivemos asma ou algo
assim, é a falta de umidade
mesmo", diz.
"Se o clima não mudar, teremos de comprar mais vaporizadores", afirma Viviane.
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