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OUTRO LADO
Brasileiro não quer trabalhar no interior
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RIO BRANCO
Para o governador do Acre,
Jorge Viana (PT), Brasil, Peru e
Bolívia precisam fazer um
acordo para facilitar a habilitação de médicos nas regiões
fronteiriças e resolver o problema da falta de registro.
Segundo ele, o salário de R$
6.000 oferecido hoje pelo governo estadual não consegue
manter por mais de um ano
médicos do Sul e do Sudeste no
interior do Acre.
"As prefeituras e o Estado ficam em uma situação muito
difícil, pois não há médicos
brasileiros com interesse em
trabalhar no interior do Acre.
Afastar os estrangeiros irregulares é fácil, mas o problema virá depois com a falta de profissionais para atender os pacientes nessas cidades."
O crescimento do número de
médicos clandestinos no Acre
pode ser explicado pela falta de
mão-de-obra especializada disponível no Estado, segundo o
presidente do CFM, Edson de
Oliveira Andrade. Para ele,
além da compensação financeira, deveria haver outros
atrativos aos profissionais que
saem do Sul e do Sudeste para
trabalhar no interior de Estados do Norte e do Nordeste.
"Não basta para o médico receber um alto salário. Tem de
haver estrutura à espera desse
profissional, como escolas para
a educação adequada de seus
filhos e atividades de lazer."
De acordo com o presidente
do CRM do Acre, Ricardo Camarão, a maioria dos profissionais que se dispõe a trabalhar
no interior do Acre retornam
aos seus Estados antes de completar um ano.
Para o presidente do CRM, o
fato de o Acre não possuir uma
faculdade de medicina também colabora na diminuição
do número de profissionais à
disposição.
(EDS)
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