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INFÂNCIA
Projeto do Paraná coloca 98% das crianças na escola
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O projeto Adote uma Criança
do Programa da Rua para a Escola, do governo do Estado do Paraná, irá representar o Brasil este
mês no congresso mundial do
Unicef (Fundo das Nações Unidas
para a Infância) sobre voluntariado em Amsterdã, na Holanda, por
ter conseguido colocar 98% das
crianças do Estado nas escolas.
O programa é parecido com o
renda mínima. A família que coloca os filhos de volta à escola recebe cesta básica por um mês. A
cesta é doada por voluntários que
acompanham o desenvolvimento
das crianças na escola. Só recebem os alimentos os alunos que
alcançarem 80% de aproveitamento nas aulas.
Em cinco anos de projeto, 80
mil crianças de 7 a 14 anos voltaram para os bancos escolares. "O
trabalho e a prostituição infantil
diminuíram e a presença das
crianças portadoras de deficiência nas escolas ampliou", diz Fani
Lerner, secretária estadual da
Criança e Assuntos da Família.
Para a presidente do Comitê
Brasil Voluntário, Milú Villela, a
parceria entre governo e sociedade civil é muito bem-vinda no
Ano Internacional do Voluntário,
campanha que a ONU (Organização das Nações Unidas) promove
em 123 países este ano.
"Além de você fazer uma mudança social ou do ambiente, está
dando uma satisfação para você
mesmo", avalia Milú.
Em São Paulo, a secretária aposentada Vera Silveira Bastos dedica três dias da semana para cuidar
de 80 crianças, entre 2 e 4 anos, no
abrigo do projeto Mais (Movimento de Apoio à Integração Social). Vera diz que os 70 voluntários que ajudam o abrigo são poucos para dar conta do trabalho.
"As crianças chegam em estado
total de abandono, desnutridas e
precisando de calor humano."
Já o projeto Mãos e Coração a
Serviço da Educação beneficiou
36 mil estudantes no ano passado
reformando 27 escolas em seis
municípios da Grande São Paulo.
O grupo de assuntos públicos
da igreja Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias conseguiu reunir quatro mil voluntários para o
mutirão. "A intenção é despertar
na comunidade que todos nós temos um pedacinho de responsabilidade pelo bem público", diz
Marisa Silveira Cuellar, uma das
coordenadoras do grupo.
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