São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2001

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INFÂNCIA
Projeto do Paraná coloca 98% das crianças na escola

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O projeto Adote uma Criança do Programa da Rua para a Escola, do governo do Estado do Paraná, irá representar o Brasil este mês no congresso mundial do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) sobre voluntariado em Amsterdã, na Holanda, por ter conseguido colocar 98% das crianças do Estado nas escolas.
O programa é parecido com o renda mínima. A família que coloca os filhos de volta à escola recebe cesta básica por um mês. A cesta é doada por voluntários que acompanham o desenvolvimento das crianças na escola. Só recebem os alimentos os alunos que alcançarem 80% de aproveitamento nas aulas.
Em cinco anos de projeto, 80 mil crianças de 7 a 14 anos voltaram para os bancos escolares. "O trabalho e a prostituição infantil diminuíram e a presença das crianças portadoras de deficiência nas escolas ampliou", diz Fani Lerner, secretária estadual da Criança e Assuntos da Família.
Para a presidente do Comitê Brasil Voluntário, Milú Villela, a parceria entre governo e sociedade civil é muito bem-vinda no Ano Internacional do Voluntário, campanha que a ONU (Organização das Nações Unidas) promove em 123 países este ano.
"Além de você fazer uma mudança social ou do ambiente, está dando uma satisfação para você mesmo", avalia Milú.
Em São Paulo, a secretária aposentada Vera Silveira Bastos dedica três dias da semana para cuidar de 80 crianças, entre 2 e 4 anos, no abrigo do projeto Mais (Movimento de Apoio à Integração Social). Vera diz que os 70 voluntários que ajudam o abrigo são poucos para dar conta do trabalho. "As crianças chegam em estado total de abandono, desnutridas e precisando de calor humano."
Já o projeto Mãos e Coração a Serviço da Educação beneficiou 36 mil estudantes no ano passado reformando 27 escolas em seis municípios da Grande São Paulo.
O grupo de assuntos públicos da igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias conseguiu reunir quatro mil voluntários para o mutirão. "A intenção é despertar na comunidade que todos nós temos um pedacinho de responsabilidade pelo bem público", diz Marisa Silveira Cuellar, uma das coordenadoras do grupo.


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