São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VIOLÊNCIA
Crime mais grave ocorreu na saída de baile funk
Oito pessoas são assassinadas durante a madrugada no Rio

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Oito pessoas morreram assassinadas na madrugada de ontem no Rio, entre elas dois policiais. O episódio mais grave aconteceu na saída de um baile funk em São Cristóvão (zona norte), quando quatro jovens foram mortos e um foi ferido a tiros.
Segundo depoimentos de testemunhas, os jovens que saíam do baile estavam em um ponto de ônibus, em frente ao cemitério do Caju, e foram atingidos por 12 tiros disparados por três rapazes que chegaram a pé, atirando sem direção e sem falar nada.
As 4 vítimas faziam parte de um grupo de aproximadamente 20 pessoas. Todas tinham ido ao baile funk da Barreira do Vasco, que acontece todos os sábados, e estavam voltando para casa. Ontem à tarde, a polícia ainda não tinha pistas dos assassinos.
Os quatro mortos são Renata Cruz, 16, Luiz Antônio Coutinho, Leandro Ferreira da Silva e Danilo de Almeida Silva, todos de 19 anos. Márcio Firmetti, 25, teve os dois pulmões perfurados e está internado em estado grave.
No Flamengo (zona sul), o recepcionista José Colli, 52, foi morto com um tiro no tórax durante um assalto ao hotel Único. O crime ocorreu por volta da 1h30 de ontem. De acordo com testemunhas, dois homens e uma mulher renderam Colli e roubaram R$ 200 do caixa. Após ser rendido, o recepcionista tentou correr e acabou baleado, morrendo dentro do banheiro do hotel.
Cristina Almeida, sobrinha de Colli, acredita que o tio fugiu porque tinha pânico de armas. Ele era casado e tinha cinco filhos.
Em Vicente de Carvalho (zona norte), o detetive da Polícia Civil Cláudio Queirós, 40, foi assassinado quando saía de uma festa na casa do tio. Ele conversava com um amigo no portão da casa, que fica num conjunto habitacional, quando um grupo armado atirou de dentro de um carro. Queirós morreu a caminho do hospital.
A 27� Delegacia Policial, que investiga o caso, trabalha com a hipótese de vingança.
Em Belford Roxo (Baixada Fluminense), o sargento da PM Nílson de Souza, 43, foi morto com um tiro no pulmão. A polícia informou que o sargento fazia patrulhamento de rotina quando foi alvejado por seis bandidos.
No viaduto São Sebastião, próximo ao Sambódromo (centro do Rio), a polícia encontrou um corpo carbonizado. O corpo não foi identificado, mas há suspeitas de que seja de um menor.


Texto Anterior: Folha publica amanhã a prova resolvida
Próximo Texto: Panorâmica: Colisão mata jornalista do Folha Online
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.