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VESTIBULAR
Fuvest registrou abstenção de 6,95% no 1� dia da segunda fase
Candidatos consideram
prova de português fácil
PAULA LAGO
FERNANDO TADEU SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A prova de língua portuguesa
foi considerada fácil pela maioria
dos candidatos no primeiro dia de
exame da segunda fase da Fuvest
(Fundação Universitária para o
Vestibular).
O estudante André Toshiaki
Murakoshi, 19, que tenta uma vaga em farmácia e bioquímica, foi o
primeiro a terminar a prova na
Faculdade de Educação da USP
(Universidade de São Paulo).
"Não estava difícil, o tema da redação era claro e atual. Só as questões de literatura exigiram mais
da memória dos candidatos."
Para Joselina Lima Saraiva, 24,
candidata de letras, o grande inimigo foi o calor. "A prova estava
mais justa que a da primeira fase.
O problema foi que ventilador estava quebrado e ficou tão abafado
que foi impossível continuar mais
tempo na sala", disse.
No exame de ontem, o de língua
portuguesa -único obrigatório
para os 27.180 candidatos que
passaram para a segunda fase-,
todos tiveram uma redação e
mais dez questões de português,
com gramática e literatura.
Professores ouvidos pela Folha
concordam com a avaliação dos
candidatos. "A prova estava mais
fácil do que se esperava. Predominou Guimarães Rosa nas questões
de literatura", disse Célia Passoni,
professora de português e literatura do curso Etapa.
Sobre a redação, cujo tema foi o
neonazismo e o neofascismo, a
professora Maria Aparecida Custódio, do curso Objetivo, acredita
que o candidato não tenha sentido grandes dificuldades. "É um
assunto fácil, que o jovem aprecia
discutir. A banca espera que o
candidato tenha tomado uma posição, seja qual for, e argumente
de forma consistente."
"As questões de gramática foram inteligentes e criativas, dentro do que era cabível esperar de
estudantes egressos do ensino
médio", disse Fernando Teixeira,
professor do Objetivo.
Abstenção
O índice geral de abstenção na
primeira prova da segunda fase
foi de 6,95 %, o que representou a
ausência de 1.889 dos 27.180 candidatos convocados para a segunda fase. Em 2000, o índice foi de
7,19%. Em São Paulo e na região
metropolitana, a abstenção chegou a 6,04%, e no interior do Estado foi de 8,38%.
Mesmo quem perdeu a prova
ontem não está eliminado. "Isso
só acontece quando o candidato
falta ou tira zero em mais de 50%
das provas exigidas em sua carreira", disse José Coelho Sobrinho,
coordenador da Fuvest.
Um desses atrasados foi Alessandro Giorgio Cavalini, 21, candidato ao curso de engenharia
agronômica.
Cavalini chegou um minuto
após o fechamento dos portões
no colégio Dante Alighieri. "Bobeei, deixando para sair de casa
muito próximo do horário, mas
acho que dá para recuperar o prejuízo nos outros exames."
As provas de aptidão e de habilidade específica também começam hoje para os candidatos do
curso de artes cênicas da USP e
terminam na sexta-feira, para
quem vai fazer arquitetura.
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