São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2001

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OUTRO LADO
Municípios não priorizam lixo

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Ricardo Tripoli, afirma que a destinação de resíduos sólidos não é prioridade para as prefeituras e diz contar com a eficiência dos TACs para atingir, até 2002, a meta de ter 80% dos municípios paulistas com destinação adequada do lixo doméstico.
Leia a seguir trechos da entrevista dada por Tripoli à Folha.

Folha - O que as prefeituras alegam para não resolver a questão?
Ricardo Tripoli -
Você tem um mau gestor, que não tem preocupação com o tratamento dos resíduos sólidos e acha que é uma questão secundária.

O que a secretaria e a Cetesb podem fazer a respeito?
Tripoli -
Estamos fiscalizando e autuando. Dependendo da gravidade, remetemos ao Ministério Público para que tome medidas judiciais. Só o setor público não resolve. É preciso ter um processo com a sociedade civil e iniciativa privada, numa ação integrada.

Folha - A secretaria e a Cetesb dão apoio aos municípios?
Tripoli -
Todos que nos procuram recebem apoio. Nós não temos linha de crédito para isso, mas damos suporte técnico.

Folha - Existem problemas de ordem política?
Tripoli -
É mais o problema econômico. O prefeito lista coisas que deve fazer, e os resíduos são á última prioridade.

Folha - A cidade de São Paulo está atrasada?
Tripoli -
Está. A questão foi desmoralizada, a população não acredita na coleta seletiva.



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