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OUTRO LADO
Municípios não priorizam lixo
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário do Meio Ambiente
de São Paulo, Ricardo Tripoli,
afirma que a destinação de resíduos sólidos não é prioridade para as prefeituras e diz contar com
a eficiência dos TACs para atingir,
até 2002, a meta de ter 80% dos
municípios paulistas com destinação adequada do lixo doméstico.
Leia a seguir trechos da entrevista dada por Tripoli à Folha.
Folha - O que as prefeituras alegam para não resolver a questão?
Ricardo Tripoli - Você tem um
mau gestor, que não tem preocupação com o tratamento dos resíduos sólidos e acha que é uma
questão secundária.
O que a secretaria e a Cetesb podem fazer a respeito?
Tripoli - Estamos fiscalizando e
autuando. Dependendo da gravidade, remetemos ao Ministério
Público para que tome medidas
judiciais. Só o setor público não
resolve. É preciso ter um processo
com a sociedade civil e iniciativa
privada, numa ação integrada.
Folha - A secretaria e a Cetesb
dão apoio aos municípios?
Tripoli - Todos que nos procuram recebem apoio. Nós não temos linha de crédito para isso,
mas damos suporte técnico.
Folha - Existem problemas de ordem política?
Tripoli - É mais o problema econômico. O prefeito lista coisas que
deve fazer, e os resíduos são á última prioridade.
Folha - A cidade de São Paulo está
atrasada?
Tripoli - Está. A questão foi desmoralizada, a população não
acredita na coleta seletiva.
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