São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2001

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Carapicuíba planeja aterro

DA REPORTAGEM LOCAL

Carapicuíba (Grande São Paulo) tem a terceira pior nota de IQR (1,0) e um dos mais conhecidos lixões do Estado. Na última semana de 2000, a prefeitura foi alvo de uma liminar porque não havia mais coleta de lixo na cidade.
Diante do quadro caótico, o novo prefeito, Fuad Gabriel Chucre (PSDB), tem objetivos ambiciosos: fechar o lixão e instalar um aterro sanitário em 120 dias.
No lixão trabalham, segundo dados oficiais, 150 catadores, incluindo 40 menores de 14 anos.
De acordo com o inventário da Cetesb, Carapicuíba tem uma população urbana de 327.882 pessoas, que produzem 196,7 toneladas de lixo por dia. A prefeitura assinou um TAC em 98, mas não cumpriu. A soma das multas ambientais chega a R$ 92 mil.
"Não vamos pagar. Multa é para quem não quer melhorar. A intenção é usar esse dinheiro para ajudar na construção do aterro", afirma Chucre. Na última sexta-feira, ele esteve na Cetesb, pedindo que a companhia indicasse uma área para a obra.
Dinheiro é um outro problema. A prefeitura deve R$ 5 milhões às duas empresas que cuidam da limpeza da cidade. "Vamos renegociar e tentar municipalizar o serviço", afirma.
A arrecadação mensal da cidade é de R$ 4 milhões, e construir um aterro custa caro. Na administração anterior, o município fez um projeto para recuperação do lixão. Orçado em R$ 4 milhões, o projeto gastou R$ 3 milhões de verba vinda do governo estadual, mas não resolveu o problema e terminou sendo alvo de uma CPI.
(MV)


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