|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Carapicuíba planeja aterro
DA REPORTAGEM LOCAL
Carapicuíba (Grande São Paulo) tem a terceira pior nota de IQR
(1,0) e um dos mais conhecidos lixões do Estado. Na última semana de 2000, a prefeitura foi alvo de
uma liminar porque não havia
mais coleta de lixo na cidade.
Diante do quadro caótico, o novo prefeito, Fuad Gabriel Chucre
(PSDB), tem objetivos ambiciosos: fechar o lixão e instalar um
aterro sanitário em 120 dias.
No lixão trabalham, segundo
dados oficiais, 150 catadores, incluindo 40 menores de 14 anos.
De acordo com o inventário da
Cetesb, Carapicuíba tem uma população urbana de 327.882 pessoas, que produzem 196,7 toneladas de lixo por dia. A prefeitura
assinou um TAC em 98, mas não
cumpriu. A soma das multas ambientais chega a R$ 92 mil.
"Não vamos pagar. Multa é para
quem não quer melhorar. A intenção é usar esse dinheiro para
ajudar na construção do aterro",
afirma Chucre. Na última sexta-feira, ele esteve na Cetesb, pedindo que a companhia indicasse
uma área para a obra.
Dinheiro é um outro problema.
A prefeitura deve R$ 5 milhões às
duas empresas que cuidam da
limpeza da cidade. "Vamos renegociar e tentar municipalizar o
serviço", afirma.
A arrecadação mensal da cidade
é de R$ 4 milhões, e construir um
aterro custa caro. Na administração anterior, o município fez um
projeto para recuperação do lixão. Orçado em R$ 4 milhões, o
projeto gastou R$ 3 milhões de
verba vinda do governo estadual,
mas não resolveu o problema e
terminou sendo alvo de uma CPI.
(MV)
Texto Anterior: Prefeitura tira menores de lixão Próximo Texto: Situação do lixo em SP está no limite Índice
|