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D'Urso é reeleito para a presidência da OAB-SP
Com 50% dos votos até 23h, criminalista continua na entidade por mais 3 anos
Segundo colocado foi Rui Fragoso, com 36%; com 580 das 628 urnas apuradas, 57% dos 199.036 filiados à ordem no Estado votaram
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
O criminalista Luiz Flávio
Borges D'Urso, 46, foi reeleito
ontem presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)
de São Paulo, a maior seccional
do país com 199 mil advogados,
3.000 funcionários e Orçamento de R$ 160 milhões. Às 23h de
ontem, ele obtinha 57.717 votos, com 92% das urnas apuradas, num total de 114.904 votos.
Nas eleições de 2003, quando
concorreram oito pessoas, o
criminalista foi eleito pela primeira vez com 28.263 votos,
24,87% dos 113.620 votantes
-agora, obteve 50% dos votos.
O novo mandato, de três anos,
começa em 1� de janeiro.
Apesar de não haver limite
para reeleições, não é comum
na história recente da OAB-SP
uma recondução. Desde 1977,
apenas um advogado, Antonio
Cláudio Mariz de Oliveira, foi
reeleito (1989 e 1991).
D'Urso se tornou, assim, o
sexto presidente a conseguir o
feito nos 74 anos da instituição.
O recordista é Noé Azevedo,
com 26 anos ininterruptos -de
1939 a 1965, com uma eleição e
12 reeleições. A lista tem ainda
José Manoel de Azevedo Marques e Cid Vieira de Souza, reconduzidos duas vezes cada
um, e João Baptista Prado Rossi, mantido uma vez.
O advogado Rui Celso Reali
Fragoso, com 41.907 votos até
as 23h (36,4% do total), ficou
em segundo lugar, seguido por
Leandro Donizete Pinto, com
3.762 votos (3,3%)e Clodoaldo
Pacce Filho, com 1.246 votos
(1,1%). Não houve surpresa.
Os votos nulos foram 6.246
(5,44%) e os brancos, 4.026
(3,5%). A OAB paulista tem
199.036 profissionais na ativa.
Como o voto é obrigatório, o
advogado que não votou tem 30
dias para justificar ou será multado em R$ 126, 20% da anuidade (R$ 630).
A principal promessa de
D'urso nesta campanha foi
"fortalecer ainda mais a defesa
das prerrogativas profissionais". A frase foi traduzida pela
classe como a manutenção da
política que levou à divulgação
da lista de "inimigos da advocacia". Uma relação de juízes,
promotores, delegados e jornalista que teriam dificultado o
advogado da OAB-SP a exercer
plenamente o seu trabalho.
Os adversários de D'Urso o
acusaram de promover uma jogada política, já que a lista foi
criada em 2004, mas só ganhou
publicidade às vésperas da eleição. Ele disse não saber se foi
beneficiado com isso.
"Eu não eu tenho uma avaliação se a divulgação da lista favoreceu ou não na minha eleição. Mas é uma posição determinada no sentido de defender
os interesses da advocacia. A
lista não é de inimigos, não é
uma lista negra. É uma lista formada por aqueles, que depois
de um processo com base legal,
com ampla defesa, tiveram a
decisão de um desagravo contra si. E só isso e vai continuar."
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