São Paulo, domingo, 28 de maio de 2000


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Especialistas ensinam técnicas para conseguir a luz ideal para cada ambiente
Iluminação na medida certa

Luana Fischer/Folha Imagem
A arquiteta Christiane Meyer criou uma iluminação para a sua sala de jantar que privilegia a luz local. "Coloquei duas lâmpadas em cima do aparador para deixar a iluminação bem fechada; e, em cima da mesa, há um lustre, colocado para valorizar a área."


ANA RAQUEL HERNANDES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Técnica e percepção são requisitos fundamentais para conseguir um bom resultado na iluminação dos ambientes do imóvel, apesar de alguns considerarem a tarefa simples e instintiva.
"Em geral, as pessoas só notam que há algo de errado com a iluminação quando ela incomoda", explica o arquiteto e consultor em iluminação Fernando Guarnieri.
Para não cair no erro, é importante atentar para a atividade que é exercida em cada ambiente e para a disposição dos móveis.
"A luz ideal para trabalhar não é a mesma usada em áreas onde a intenção é relaxar, como a sala de estar", diz o arquiteto e mestre em iluminação Ladislao Szabo.

De acordo com o público
A dimensão do lugar e as pessoas que estarão presentes também são pontos a considerar na hora de escolher a iluminação.
Idosos, por exemplo, necessitam de mais luz que os jovens. Já em quartos de bebês, que têm olhos sensíveis, a luz forte está proibida.
"Apartamentos pequenos normalmente requerem uma iluminação mais versátil, pois em um mesmo espaço são realizadas diversas atividades", afirma Isac Roizenblatt, engenheiro elétrico e gerente da Phillips.
Em escritórios e cozinhas, onde se realizam trabalhos que exigem alguma atenção, a iluminação não pode provocar sombras.
Se a idéia é usar a iluminação como coadjuvante na decoração, uma opção são as luzes de destaque, que focam objetos como quadros e esculturas.
"O aspecto desfavorável da iluminação de destaque é que, se a pessoa quiser trocar os móveis de lugar, terá de modificar também a luz", explica Szabo.

O "crime" e o perfeito
Na iluminação, o maior "crime", segundo os especialistas, é a luz direta, que incide no chão ou no rosto das pessoas e deixa o espaço pouco aconchegante. Excesso de luz também não é bom: além de deixar o ambiente quente, confunde a percepção.
A fórmula da iluminação perfeita, no entanto, não existe. Segundo Fernando Guarnieri, a luz é um elemento sensorial, que envolve a percepção do espaço como um todo.
Assim, as técnicas de iluminação ajudam a valorizar o ambiente, mas não devem ser encaradas como uma regra fixa. "Não existe fórmula, existe bom senso", afirma Leonardo Junqueira.


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