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Manutenção periódica do telhado evita que goteiras virem cachoeiras no verão
Prepare-se para as chuvas
ALADIM LOPES GONÇALVES
free-lance para a Folha
O serviço de meteorologia informa: a previsão do tempo para
os próximos dois meses é de tempestades. Por isso, se o telhado da
sua casa não está com a manutenção em dia, prepare o bolso para
uma enxurrada de gastos.
Pequenas goteiras, paredes com
infiltrações ou mesmo aquela telha "caindo de madura" são alguns dos indícios de que o telhado está precisando de reparos.
O engenheiro Wilson Aroma,
supervisor de obras e reformas da
universidade Mackenzie, diz que
o primeiro passo é observar o estado das calhas, do madeiramento e das telhas.
Essa avaliação é fundamental
para saber como anda a saúde do
telhado, que sofre com uma série
de agentes degradantes (sol, umidade, poluição etc.). A vistoria deve ser feita a cada cinco anos.
Para as casas que têm somente a
laje como cobertura, o cuidado
vai para a impermeabilização.
Aroma recomenda que o processo seja refeito a cada cinco anos. O
preço do m2 impermeabilizado
custa cerca de R$ 27.
Trovoadas e correria
O ideal é que os reparos sejam
feitos antes do verão, que é a temporada de chuvas fortes. Porém
dificilmente isso ocorre.
"Basta dar duas ou três trovoadas que é aquela correria, todo
mundo querendo consertar a cobertura", diz Umberto Russo Neto, proprietário da Engetelhas.
Segundo ele, um telhado com
boa manutenção dura pelo menos 30 anos. No entanto, essa parte da casa nem sempre atrai a
atenção do proprietário. "Somos
chamados quando o problema já
está bem adiantado", reclama.
O empresário Leonardo Xambre "sofreu" com o antigo telhado
da sua casa, no Tremembé (zona
norte), que tem três pavimentos.
Ele diz que o maior problema da
casa eram as infiltrações nas paredes. O motivo de isso ter surgido
foi a inclinação do telhado, que
não havia sido projetado de acordo com o formato da telha.
Com a proximidade do verão, o
empresário começou a se preocupar. "Eu queria solucionar o problema o quanto antes, porque fui
avisado que havia o perigo de as
infiltrações atingirem a parte elétrica da casa", conta.
Para resolver a questão, ele teve
de substituir as antigas telhas de
cerâmica pelas de concreto. Além
das novas telhas, o empresário
substituiu o madeiramento e o
sistema de calhas. No total, Xambre gastou R$ 17 mil na reforma
da cobertura da sua casa, que tem
cerca de 280 m2.
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