São Paulo, Domingo, 21 de Novembro de 1999
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Manutenção periódica do telhado evita que goteiras virem cachoeiras no verão
Prepare-se para as chuvas

ALADIM LOPES GONÇALVES
free-lance para a Folha

O serviço de meteorologia informa: a previsão do tempo para os próximos dois meses é de tempestades. Por isso, se o telhado da sua casa não está com a manutenção em dia, prepare o bolso para uma enxurrada de gastos.
Pequenas goteiras, paredes com infiltrações ou mesmo aquela telha "caindo de madura" são alguns dos indícios de que o telhado está precisando de reparos.
O engenheiro Wilson Aroma, supervisor de obras e reformas da universidade Mackenzie, diz que o primeiro passo é observar o estado das calhas, do madeiramento e das telhas.
Essa avaliação é fundamental para saber como anda a saúde do telhado, que sofre com uma série de agentes degradantes (sol, umidade, poluição etc.). A vistoria deve ser feita a cada cinco anos.
Para as casas que têm somente a laje como cobertura, o cuidado vai para a impermeabilização. Aroma recomenda que o processo seja refeito a cada cinco anos. O preço do m2 impermeabilizado custa cerca de R$ 27.

Trovoadas e correria
O ideal é que os reparos sejam feitos antes do verão, que é a temporada de chuvas fortes. Porém dificilmente isso ocorre.
"Basta dar duas ou três trovoadas que é aquela correria, todo mundo querendo consertar a cobertura", diz Umberto Russo Neto, proprietário da Engetelhas.
Segundo ele, um telhado com boa manutenção dura pelo menos 30 anos. No entanto, essa parte da casa nem sempre atrai a atenção do proprietário. "Somos chamados quando o problema já está bem adiantado", reclama.
O empresário Leonardo Xambre "sofreu" com o antigo telhado da sua casa, no Tremembé (zona norte), que tem três pavimentos.
Ele diz que o maior problema da casa eram as infiltrações nas paredes. O motivo de isso ter surgido foi a inclinação do telhado, que não havia sido projetado de acordo com o formato da telha.
Com a proximidade do verão, o empresário começou a se preocupar. "Eu queria solucionar o problema o quanto antes, porque fui avisado que havia o perigo de as infiltrações atingirem a parte elétrica da casa", conta.
Para resolver a questão, ele teve de substituir as antigas telhas de cerâmica pelas de concreto. Além das novas telhas, o empresário substituiu o madeiramento e o sistema de calhas. No total, Xambre gastou R$ 17 mil na reforma da cobertura da sua casa, que tem cerca de 280 m2.


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