DA REDAÇÃO

A diversidade de estilos mostrada nas lojas é reflexo dos diferentes perfis de clientes do bairro. De um lado, os moradores mais antigos. "Quem é do bairro tem um gosto mais tradicional", avalia a arquiteta Sylvia Maria Skaf Buncanna, 34, proprietária da Contemporânea. De outro, os novos, que valorizam bastante traços retilíneos e o estilo contemporâneo.
Os estrangeiros têm forte presença e influência na região. Os primeiros vieram no começo da ocupação do bairro, no início do século, e são essencialmente de origem alemã. Os últimos são os que trabalham nas multinacionais da avenida Luis Carlos Berrini -e têm origens diversas.
"A avenida atrai muitos estrangeiros, e eles gostam bastante do artesanato brasileiro", conta Christian Zichelli, 33, proprietário da Brasil Dali.
Os móveis rústicos também são campeões de preferência entre eles. Os donos das lojas contam que muitos levam grandes móveis -especialmente os de Minas Gerais- quando retornam a seus países de origem.
Mas os novos ocupantes do bairro -dessa vez, brasileiros- estão de olho em peças mais arrojadas. "Aqui virou caminho de quem trabalha na Berrini ou freqüenta o D&D. É um público mais jovem e exigente", comenta o designer Sergio Dom, que cria peças para a Archimobile.
Para os lojistas, o ponto próximo à Berrini chama muitos paulistanos de bairros próximos, como Morumbi, Campo Belo e Itaim, que têm bom poder aquisitivo e gostam de linhas retilíneas.
Os lojistas não miram apenas o consumidor final. "Mudamos de Alphaville para cá pela atração de arquitetos para essa região", diz José Ricardo Landi, diretor comercial da Magarpo, que fica na av. Nova Independência, paralela à Berrini. "Aqui há muitos escritórios de arquitetura. A rua é uma vitrina, porque enche com o pessoal que quer fugir do trânsito."


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