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Tapioca t� podendo Com cinco s�culos de hist�ria, o prato ganha novas vers�es e chega a restaurantes estrelados,festas de casamento e at� padarias
COLABORA��O PARA A FOLHA, EM S�O PAULO E EM FORTALEZA A tapioca, tradicional "merenda" das regi�es Norte e Nordeste, est� expandindo seus dom�nios. A goma extra�da da mandioca -que, aquecida, d� origem a beijus r�gidos e outros formatos mais flex�veis- saiu dos fog�es da praia e do sert�o para ganhar novos territ�rios, como restaurantes estrelados, padarias concorridas e menus de festas. Atingiu, enfim, o status de comida moderna e refinada. Essa conquista aconteceu por partes, mas em ritmo acelerado. Popular em Estados como Cear� e Bahia, a tapioca chegou �s ruas das capitais do Sudeste em modestas barraquinhas, para agradar aos migrantes nordestinos. Depois, seduziu algumas tradicionais confeitarias de S�o Paulo, passou a ocupar mesas de casamentos e foi reinventada por expoentes da alta gastronomia nacional. Em meio a essa expans�o, surgiu at� em letra de Chico Buarque: "Gostosa/ Quentinha/ Tapioca...", na can��o "Carioca", do CD de mesmo nome lan�ado em 2006. O motivo de tanto sucesso? "� um ingrediente absolutamente vers�til", afirma Jorge da Hora, professor do Senac. "� o nosso taco, o nosso crepe, podemos fazer tudo com ela", diz ele. Al�m disso, a tapioca � genuinamente brasileira. "� um prato teoricamente simples, que tem ganhado mais destaque porque passamos a valorizar o que � nosso. E tamb�m por esse movimento de trazer o velho como novo." Velho mesmo. Mais precisamente do come�o da hist�ria do Brasil. "J� integrava as pr�ticas alimentares da popula��o ind�gena, conforme consta nos primeiros registros escritos sobre o pa�s, datados do s�culo 16", diz o professor de educa��o e hist�ria da comida da Universidade Federal do Cear�, Jos� Arimat�ia Bezerra. De l� para c�, s�o cinco s�culos de tapioca. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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