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Sorvetes artesanais conquistam mais espa�o em S�o Paulo
Sorveterias investem em pequenas produ��es, maquin�rio italiano e mat�ria-prima importada
Premiada Bacio di Latte abrir� tr�s lojas at� o final do ano; daqui a dois meses, inaugura filial no Morumbi
O mercado de sorveterias em S�o Paulo, no qual as grandes ind�strias come�aram a surgir a partir dos anos 70, tem aberto espa�o, enfim, para a retomada de produ��es artesanais. Agora, naturalmente, mais sofisticadas.
Nos �ltimos 10 meses, pelo menos oito lojas com esse perfil foram abertas na cidade. E, nos pr�ximos 12 meses, as marcas planejam abrir mais 15 lojas.
Para Nicolau Andr� de Miguel, professor da Escola de Administra��o de Empresas da FGV, o acesso mais f�cil a m�quinas e a mat�ria-prima importadas ajudou empres�rios a "recuperar a tradi��o de sorveterias".
S�o produ��es em menor escala, di�rias, com ingredientes melhor selecionados.
"Ap�s dois anos de filas na rua Oscar Freire, posso dizer: h� sorveterias chegando, mas n�o achamos que sejam uma amea�a", diz o empres�rio escoc�s Nick Johnston, s�cio da Bacio di Latte.
Pois Johnston se prepara, ao lado do s�cio italiano Edoardo Tonolli, para inaugurar outras tr�s lojas at� o final deste ano. A pr�xima abrir� no shopping Morumbi daqui a dois meses.
Pioneira na recente expans�o de sorveterias artesanais na cidade, a Bacio di Latte possui hoje quatro endere�os em S�o Paulo.
PALITO VALIOSO
Outra marca em ascens�o, a Diletto teve recentemente cerca de 20% de seu capital comprado pelo fundo Innova, que tem entre seus principais investidores o empres�rio Jorge Paulo Lemann, homem mais rico do pa�s.
O fundo teria pago cerca de R$ 100 milh�es pela participa��o, valor n�o confirmado oficialmente.
No mercado desde 2008, a Diletto centra sua produ��o em sorvetes cremosos no palito, com produtos italianos.
O presidente da empresa, Leandro Scabin, afirma que n�o mudou suas metas com o investimento.
A marca, que inaugurou uma loja-conceito no fim do ano passado nos Jardins, pretende abrir uma unidade no Rio de Janeiro e planeja melhorar as opera��es de seus pontos de venda em outras capitais do pa�s.
De olho nesse mercado, que abarca os sorvetes feitos sem conservantes e saborizantes, a Freddo (rede argentina famosa por seu sorvete de doce de leite) tamb�m tem planos de expans�o por aqui.
Pretende abrir 18 lojas no Brasil neste ano, estar presente em cinco Estados e construir uma f�brica nacional --hoje, os sorvetes chegam aqui em caminh�es refrigerados a -25�C.
IT�LIA NO ITAIM
Presente em pa�ses como Fran�a e Inglaterra, a Cremeria Vienna, rede dedicada a sorvetes italianos, chega � Am�rica do Sul com uma loja em S�o Paulo.
A casa ser� inaugurada na rua Pedroso Alvarenga, 672, no bairro do Itaim, at� o come�o de maio.
Empresas menores, como a Cuordicrema, aberta no fim do ano passado, tamb�m se somam ao movimento de expans�o do n�mero de sorveterias na cidade.
Tamb�m no Itaim e com projeto do italiano F�bio Lampugnani, a casa tem uma bonita cozinha envidra�ada, na qual o sorvete � feito apenas com produtos frescos, sem estabilizantes.
"Escolhemos entre mais de 24 tipos de cacau para o sorvete de chocolate. No de chocolate ao leite, por exemplo, usamos o equatoriano", diz.
Lampugnani pretende abrir duas novas lojas nos pr�ximos cinco meses. Elas v�o se juntar a outras casas que inauguraram no �ltimo ano, como a Gel�e, no Itaim, e a Convivio Il Gelato, em Pinheiros, que apostam no sorvete italiano cremoso.
