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Carreiras e Empregos

Neg�cios aderem a moeda virtual; falta convencer os clientes

'Bitcoins' podem ser usados para compra de produtos em pequenos com�rcios ou como investimento

DE S�O PAULO

Na Cups & Cakes, uma doceria de San Francisco, nos Estados Unidos, cerca de quatro pessoas por semana usam "bitcoins", uma moeda virtual, para comprar produtos.

"Eles ficam entusiasmados por existir um lugar no mundo real onde podem usar as moedas", conta a dona, Jennifer Emerson, 32.

Essa forma de pagamento � uma transfer�ncia on-line de uma moeda virtual. Um "bitcoin" �, na verdade, um arquivo de computador que tem uma sequ�ncia espec�fica de n�meros. Para fazer transa��es, � preciso estar em um sistema que funciona como uma "carteira" virtual.

Assim como a doceira, outros pequenos comerciantes do mundo inteiro --inclusive do Brasil-- passaram a aceitar a moeda, que foi inventada em 2009, sem garantia de nenhuma autoridade monet�ria e que, na �ltima semana, chegou a ser cotada a U$ 266 (cerca de R$ 521).

Ao comprar na doceria de Emerson, os clientes levam o smartphone, apontam para um c�digo QR da loja e transferem a quantia.

Ela, ent�o, checa na "carteira virtual" se a transa��o foi mesmo realizada.

Emerson afirma que, para ela, a maior vantagem � a taxa de 1% que paga por transa��o, menor do que a m�dia de 4% dos cart�es de cr�dito.

Quem convenceu Emerson a aceitar os "bitcoins" foi o seu marido, um entusiasta da moeda virtual.

NA FAZENDA

A comodidade para receber foi o fator que fez a fazenda Pedra Negra das Brom�lias, na cidade de Concei��o do Castelo, no interior do Esp�rito Santo, a aceitar os "bitcoins" como pagamento.

O local recebe h�spedes interessados em fazer retiros com inspira��es budistas. Trabalham l� tr�s estrangeiros: um argentino, um portugu�s e o h�ngaro Hans Rippel, 28, familiarizado com a moeda virtual.

Rippel afirma que ele e os colegas conhecem potenciais clientes "do mundo inteiro", mas que, para transferir dinheiro real de outro pa�s para c�, � complicado e demorado. "Com o bitcoin', n�o � preciso lidar nem mesmo com conta de banco", diz.

No entanto, ele ainda n�o recebeu nenhum pagamento dessa forma.

O mesmo acontece com um empres�rio do Rio de Janeiro que n�o quer se identificar. Ele aluga quartos para turistas, mas lamenta n�o ter conseguido um �nico cliente que pagasse com essa modalidade. Ele diz considerar que a moeda � uma op��o v�lida s� para iniciados nesse assunto, que ainda s�o poucos.

O dentista Nick Wilson, 32, da cidade norte-americana de Anacortes, que tamb�m recebe por essa forma de pagamento, conseguiu isso apenas uma vez --o paciente saiu do Canad� para ser atendido em uma cl�nica onde o dinheiro virtual � aceito.

Wilson diz que prefere "bitcoins" aos planos de sa�de, que demoram para repassar os valores.

Ele tamb�m aposta na novidade para esperar uma valoriza��o, como uma forma de investimento. "Compro em pequenas quantidades. N�o � um plano de aposentadoria."


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