Campinas, Sexta, 27 de agosto de 1999

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FUTEBOL
Advogado tenta reverter eventual punição por conflito entre polícia e torcedores no "derby"; time pode perder mando de jogos
Guarani culpa rival para sair de punição

Maristela Nogueira/Folha Imagem
Funcionários da Ponte Preta trabalham na reforma do estádio Móises Lucarelli, em Campinas, que deve ter mais um portão


LUCIANO CALAFIORI
free-lance para a Folha Campinas

O Guarani tenta reverter a perda de mando de três jogos, que pode receber como punição devido aos conflitos de que participou sua torcida no "derby" do dia 18, contra a Ponte Preta. O clube vai jogar a culpa na estrutura do estádio Moisés Lucarelli.
Segundo o vice-presidente jurídico do Guarani, Luís Célio Moraes Filho, o clube tentará convencer a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de que a culpa do conflito é da Ponte, que tinha o mando de jogo.
Na próxima terça-feira, o Tribunal Desportivo da CBF julgará o caso e o time campineiro poderá ser punido com a proibição de jogar em seu estádio, o Brinco de Ouro, em uma ou até três rodadas.
O juiz da partida, Paulo César Oliveira, fez constar na súmula da partida que torcedores do Guarani atrasaram em dez minutos o retorno dos jogadores a campo para o a disputa do segundo tempo porque atiraram pedras no gramado.
Sessenta pessoas, sendo 18 policiais militares, ficaram feridas no derby e a ala reservada aos visitantes no Moisés Lucarelli foi destruída.
O juiz também teria colocado na súmula que o estádio não estava preparado para receber o clássico envolvendo torcidas rivais de Campinas.
Segundo o administrador do estádio Moisés Lucarelli, Antônio Pessanha, antes de a partida ter início, órgãos de fiscalização de estádios como a Polícia Militar liberaram o estádio.
"Se nós não tivéssemos estrutura, os órgãos não teriam liberado esse estádio. Isso nunca aconteceu aqui", disse Pessanha.
O departamento jurídico da Ponte Preta também acompanhará o caso.

Vistoria
A Defesa Civil, a Polícia Militar e a Prefeitura de Campinas ainda não liberaram o estádio Moisés Lucarelli para o jogo envolvendo Ponte e Palmeiras, marcado para as 16h do sábado.
Segundo o capitão da PM Israel Pilmon, a liberação deve acontecer hoje, após uma nova vistoria.
A liberação não saiu ontem, como previsto, porque obras de reforma da ala de visitantes não ficaram prontas.
A exigência da abertura de mais um portão, aumentando de dois para três os acessos aos torcedores visitantes, foi cumprida.
"Não dá para liberar hoje (ontem) porque há entulho no local que precisa ser retirado numa limpeza minuciosa", disse Pilmon.
Mesmo com a vistoria final acontecendo à tarde, às 8h de hoje a Ponte inicia a venda de entradas para o jogo contra o Palmeiras. O ingresso custa R$ 7. Estudantes pagam R$ 3.



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