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SEGURANÇA PÚBLICA
Deputado, secretário e empresário discutem sobre falta de ação e "paternidade" da guarda
Reunião antiviolência vira 'bate-boca'
da Folha Campinas
Uma reunião para discutir o aumento da violência em Campinas
terminou em discussão entre o
deputado estadual Carlos Sampaio (PSDB), o secretário da Segurança Pública de Campinas,
Ruyrillo Pedro de Magalhães, e o
presidente da Acic (Associação
Comercial e Industrial de Campinas), Guilherme Campos Júnior.
A reunião, da qual participaram
pelo menos 15 entidades civis de
Campinas, foi realizada na sede
do Ciesp (Centro das Indústrias
do Estado de São Paulo) e seguia
normalmente até que Sampaio
afirmou que as críticas feitas à falta de ação do governo do Estado
eram injustas.
Quando teve a palavra, Magalhães criticou a estrutura da Polícia Civil. Ex-delegado, e secretário
municipal da Segurança Pública,
ele disse que a estrutura policial
não mudou nos últimos dez anos.
A primeira intervenção ocorreu
por parte do presidente da Acic
(Associação Comercial e Industrial de Campinas), Guilherme de
Campos Júnior, que defendeu a
atuação do deputado, mas criticou o fato de o governo querer cobrar investimentos da iniciativa
privada na segurança.
Magalhães interrompeu e afirmou que as ações são da sociedade e não só de uma pessoa. Em seguida, pediu desculpas a Campos,
que as aceitou.
Sampaio afirmou que o projeto
de lei que criou a Guarda Municipal de Campinas foi de sua autoria.
Magalhães rebateu e disse que a
implantação da Guarda Municipal foi de sua autoria e que "escrever, qualquer um escreve."
Sampaio chegou a se levantar e
ameaçou ir embora do auditório
durante as críticas de Magalhães,
mas foi impedido pelo presidente
da Acic, que o convenceu a ficar
no local.
"Eu só achei que estava incomodando. Eu não discuti com ninguém. Ele (Magalhães) se exaltou", afirmou o deputado estadual.
"Eu só falei que as ações são de
todos e não de uma ou outra pessoa. Em relação à paternidade da
Guarda Municipal, não há o que
discutir, pois foi neste mandato
que ela foi implantada", disse Magalhães.
"Eu não vou comentar a discussão", afirmou o presidente da
Acic.
Após a reunião, as entidades decidiram iniciar uma campanha de
assinaturas pedindo providências
ao governo do Estado para equipar as polícias em Campinas.
O documento será enviado no
início de outubro ao governador
Mário Covas (PSDB).
Segundo cálculos das entidades,
são necessários pelo menos R$ 2
milhões em investimentos estaduais para que as polícias sejam
equipadas corretamente em
Campinas.
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