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COMBUSTÍVEIS
Procurador da República suspeita de crime contra a ordem econômica
PF deve apurar truste em postos
da Folha Campinas
A Procuradoria da República
(Ministério Público Federal) em
Piracicaba (80 km de Campinas)
vai pedir que a Polícia Federal instaure inquérito policial de crime
contra a ordem econômica para
apurar a suposta formação de
truste em postos de combustíveis
da cidade.
O truste é uma associação de
empresas que adota práticas comerciais ilícitas.
A informação é do procurador
da República em Piracicaba, Osvaldo Capelari Júnior. Ele também vai enviar, na próxima semana, uma representação ao CADE
(Conselho Administrativo de Direito Econômico), em Brasília.
O procurador prepara ainda
uma ação civil pública pedindo a
dissolução da Arcopi (Associação
de Revendedores de Combustível
de Piracicaba).
As ações da procuradoria são
baseadas em uma pesquisa realizada pelo Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor) entre os dias 6 e 17 deste
mês.
A pesquisa aponta que o preço
médio dos combustíveis chegou a
R$ 1,27 no período, sendo que deveria ficar entre R$ 1,05 e R$ 1,13.
Segundo o Procon, pelo menos
80% dos 94 postos de Piracicaba
adotam o mesmo preço.
"Temos indícios de que a associação criada para garantir a qualidade dos combustível estaria
pressionando os postos a elevar
os preços do produto", disse Capelari Júnior.
Penalidades
Segundo o procurador, caso seja comprovada a adoção de práticas empresariais ilícitas, os postos
estão sujeitos a pagar de 1% a 30%
do faturamento bruto do último
ano. Já a associação pode ser multada em R$ 5.860 a R$ 5,86 milhões.
A procuradoria pediu também
planilhas e atas da associação.
"Temos informações de funcionários e queremos que os donos
de postos denunciem caso sofram
algum tipo de pressão para aumentar os preços", disse o procurador.
As ações da procuradoria são
baseadas na Lei 8.804/94.
O procurador informou que investiga as ações dos postos e da
associação dos revendedores desde o ano passado.
"Há informações de que as distribuidoras também estariam
pressionando as revendedoras,
por isso esperamos que os donos
dos postos continuem a fazer denúncias contra o truste".
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