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UNICAMP
Aluno carente não paga taxa
Estudante com renda inferior a cinco salários mínimos ficou isento de inscrição
free-lance para a Folha Campinas
A Unicamp espera, em um processo gradual, quebrar o seu perfil
elitista, característico de grande
parte das universidades públicas
do país.
Neste ano, pela primeira vez nos
14 anos de vestibular, a universidade decidiu isentar 1.398 estudantes carentes da taxa de inscrição.
Para conseguir o benefício, o
candidato tinha de comprovar ter
renda familiar inferior a cinco salários mínimos e estar cursando o
segundo grau em escola pública.
De acordo com a universidade,
a intenção é ampliar o acesso dos
candidatos carentes ao ensino público no terceiro grau.
Com as isenções, houve um aumento de aproximadamente 6%
dos candidatos cuja renda familiar mensal vai até dez salários mínimos.
O número de estudantes inscritos que vieram de escolas públicas
subiu de 37,5%, do vestibular 99,
para 40,1% no processo seletivo
2000.
De acordo com a coordenadora-executiva da Comvest, Maria
Bernadete Marques Abaurre, "essa é uma tendência que a Unicamp espera que se repita nos
próximos vestibulares".
Um levantamento do perfil socioeconômico dos alunos que ingressaram neste ano na Unicamp
aponta que 71,2% dos 2.398 estudantes aprovados neste ano não
trabalham e têm os gastos financiados pela família.
A informação foi levantada por
meio de um questionário sociocultural respondido pelos alunos
no manual do candidato da universidade.
Os estudantes que tiveram o ensino do segundo grau em escola
particular ainda são maioria, representando 66,9%, contra 31,4%
dos que vieram de escola pública.
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