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SOB SUSPEITA
Alzira Luciano e o marido são acusados de fraudar o instituto de Campinas em R$ 1,453 milhão
Ex-gerente do INSS é solta após prisão
da Folha Campinas
A ex-gerente do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social) em
Campinas Alzira Lourenzi Luciano e seu marido Maurício Ferreira Luciano foram libertados ontem, com autorização da Justiça,
após serem presos anteontem.
Eles são acusados de fraudar o
instituto em até R$ 1,453 milhão.
O casal havia sido preso na manhã de anteontem pela Polícia Federal a pedido da 1� Vara Criminal da Justiça Federal de Campinas.
Alzira e seu marido foram presos no apartamento onde moram,
no centro de Campinas.
A ex-gerente do INSS foi recolhida na Cadeia Feminina de Indaiatuba (27 km de Campinas) e
Luciano, detido no 5� DP (Distrito Policial) de Campinas.
Segundo o advogado do casal,
Nivaldo Dóro, a libertação dos
dois foi conquistada por uma ""reconsideração da prisão feita pela
Justiça a pedido da defesa".
""Nós pedimos para que a Justiça reconsiderasse a prisão, pois os
dois têm residência fixa, não são
perigosos, não se ausentaram nos
depoimentos, além de comparecerem a todas as convocações da
Justiça e estarem com os bens indisponíveis", disse o advogado.
No último dia 3 de dezembro, a
Procuradoria da República em
Campinas ofereceu denúncia criminal contra o casal por peculato
e falsidade ideológica.
Alzira foi gerente regional do
INSS de 92 a 98 e é acusada de ter
fraudado pelo menos 84 aposentadorias.
A Justiça Federal recebeu a denúncia e iniciou os inquéritos. O
processo é acompanhado pela
Procuradoria.
Alzira teria falsificado requisições de pagamentos alternativos
de benefícios em nome de segurados, que desconheciam o movimento.
A ex-gerente também teria falsificado a assinatura de segurados
que autorizavam o marido de Alzira a sacar o dinheiro.
A Polícia Federal também investigou o casal e concluiu um inquérito que foi entregue à Procuradoria da República na última
quarta-feira.
Durante as investigações da PF
foram realizados exames grafotécnicos que comprovaram que
as assinaturas existentes nas procurações eram realmente falsificadas pela ex-gerente.
O INSS também apura o envolvimento do casal por meio de
uma sindicância interna.
Uma ação cível impetrada na
Justiça pelo INSS também pede o
ressarcimento do dinheiro.
O advogado do casal disse que
diversos funcionários tinham senhas no INSS e poderiam ter utilizado o esquema. ""Uma sindicância no órgão apura as acusações.
Eles podem ter sido "bode expiatórios", disse Dóro.
(MAURÍCIO SIMIONATO)
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