Campinas, Segunda-feira, 20 de Dezembro de 1999


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CRONOLOGIA
Investigação começou em abril

da Folha Campinas

A CPI do Narcotráfico foi instaurada em abril no Congresso Federal para investigar a existência de uma organização criminosa em diversos Estados.
O primeiro Estado investigado foi o Acre, onde são investigados as denúncias de tráfico de drogas e assassinatos comandados pelo deputado cassado Hildebrando Paschoal (AC- sem partido) como mandante de diversos crimes, entre eles tráfico de drogas, homicídio e roubo de cargas.
Em setembro, as investigações sobre a organização criminosa incluem Campinas a partir de depoimentos do ex-motorista Jorge Meres Alves Almeida, que denunciou o envolvimento do empresário campineiro William Walder Sozza.
O motorista envolveu na organização com Sozza o ex-deputado Paschoal, o deputado cassado José Gerardo Abreu (PPB-MA) e o deputado Augusto Farias (PPB-AL).
No dia 13 de outubro, Sozza e Meres são ouvidos numa acareação na CPI.
O empresário nega qualquer envolvimento com o crime organizado.
No entanto, Sozza admite que Meres trabalhou para ele durante quatro ou cinco meses.
A prisão temporária de Sozza é decretada pela Justiça do Maranhão acusado de participação na morte do delegado Stênio Gonçalves, que investigava ramificações da quadrilha naquele Estado.
Sozza desaparece em 15 de outubro e se torna uma das pessoas mais procuradas pela Polícia Federal.
No final do mês de outubro, a CPI se desloca para o Maranhão para investigar os casos citados pelo motorista e encontra ramificações da quadrilha com envolvimento de deputados, policiais e juízes.
A Polícia Federal realiza uma busca na casa de Sozza e encontra documentos falsos com nome de pessoas já mortas.
A CPI aponta que os documento seriam utilizados por Sozza para falsificar identidades para membros da quadrilha no roubo de cargas.
O motorista Meres cita o ex-presidente do Guarani e empresário Luiz Roberto Zini na compra de mercadorias roubadas.
No início de novembro, a CPI decide que virá para Campinas para apurar o envolvimento de empresários, políticos e policiais com o crime organizado.
No entanto, antes de vir para Campinas, os deputado viajam para o Rio de Janeiro e apontam o traficante Fernandinho Beira-Mar como um dos principais nomes no tráfico de drogas no país. Em seguida, os deputados tomam o depoimento do deputado José Gerardo e pedem sua prisão temporária.
No dia 4 de novembro, a CPI aprova a convocação do médico-legista Fortunato Badan Palhares, que foi citado no depoimento de Meres por ter supostamente encomendar laudos.
No dia 16 de novembro, a CPI chega a Campinas.


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