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População rural habita "falsas
zonas" da região metropolitana
DA FOLHA CAMPINAS
A maior parte (71%) da população que habita a zona rural da
RMC (Região Metropolitana de
Campinas) ocupa áreas denominadas por especialistas como "falsas zonas rurais", ou seja, sem
produção agrícola ou perfil considerado "caipira".
Dos 15.731 habitantes da zona
rural da RMC, 11.139 moram nessas áreas de extensão urbana, de
acordo com os dados do IBGE
(Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), divulgados no último dia 9.
Os municípios de Campinas e
Sumaré são responsáveis pela
metade dessa área.
Para a pesquisadora Rosana
Baeninguer, do Nepo (Núcleo de
Estudos Populacionais) da Unicamp (Universidade Estadual de
Campinas), as "falsas áreas rurais" mostram a força da metropolização na região.
"É o resultado do processo
acentuado de "periferização", intenso na década de 90. Essas áreas
não são voltadas para a agricultura, mas sim para a dinâmica industrial das cidades", declarou a
pesquisadora.
O município de Itatiba tem a
outra metade da área de "falsas
zonas rurais" da RMC, com 5.108
habitantes nesse setor.
No entanto as características da
área em extensão urbana de Itatiba são voltadas para condomínios
fechados e áreas de lazer. Outro
dado do IBGE que fundamenta
"as falsas zonas rurais" é o número de habitantes por domicílio, segundo a pesquisadora.
A RMC tem 3,7 moradores por
domicílio particular na zona urbana e 3,74 nas "falsas áreas urbanas", segundo o IBGE.
"Isso comprova como essas
áreas estão integradas com a urbana", declarou Rosana.
As zonas realmente rurais apresentam índice de fecundidade
bem mais alto, segundo a pesquisadora da Unicamp.
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