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Empresários seguem descontentes
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Os empresários do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo) de Campinas continuam descontentes com as medidas de racionamento propostas
pelo governo federal.
A principal reclamação é em relação à falta de clareza por parte
do governo.
"Como sempre, o governo tomou as medidas como se vivêssemos no período da Inquisição, em
que só um decide", disse o presidente do Gênese (Grupo de Estudos e Negócios dos Setores Empresariais), Flávio Bandiera.
O Ciesp Campinas já alterou de
6% para cerca de 4,5% a previsão
de crescimento da indústria da região metropolitana.
Na opinião do diretor Luiz Alberto Soares Souza, todos os setores da indústria sofrerão com o
racionamento.
Segundo Souza, com a paralisação prevista, as indústrias das 19
cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) vão deixar
de gerar cerca de R$ 1,3 milhão
por dia.
Para amanhã, estão previstas as
novas orientações para os sócios
da entidade.
O Gênese, que é associado do
Ciesp, divulgou na semana passada uma pesquisa feita com empresários da região de Campinas
que apontou que 85% das empresas ainda não estão preparadas
para enfrentar o racionamento de
energia elétrica.
Segundo dados da pesquisa, se
as regras do racionamento forem
definidas dentro do horário comercial por um período de duas
horas, 62% das empresas informaram que o impacto trará desaquecimento a ponto de prejudicar
ainda mais as metas de crescimento para este ano.
O Gênese reúne 120 empresas
nos segmentos de indústria, serviços e comércio, que, juntas, faturam US$ 3 bilhões por ano.
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