Campinas, Domingo, 19 de Março de 2000


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Oposição aposta em racha dos governistas

free-lance para a Folha Campinas

O líder da oposição, Carlos Signorelli (PT), aposta em um racha na bancada governista para aprovar as acusações e cassar o mandato do prefeito Francisco Amaral (PPB).
"Na maioria das vezes, ela (a bancada governista) fica rachada. É o que vai acontecer agora", disse o petista.

Folha - O senhor acredita na cassação do prefeito Chico Amaral?
Carlos Signorelli -
Muito embora tudo esteja em processo, eu tenho a firme convicção de que os vereadores seguirão o parecer do relatório que estou terminando. Me parece que temos sinais claros de infrações político-administrativas cometidas pelo senhor prefeito.

Folha - O senhor acha que houve enfraquecimento da base governista na Câmara?
Signorelli -
A base governista na Câmara tem sido bastante fluída. A pressão popular tem feito vereadores da situação votarem contra a administração em pontos importantes. Na verdade, a base governista atua sempre pensando nas próximas eleições. Assim, na maioria das vezes, ela fica rachada. É o que vai acontecer agora.

Folha - O senhor acredita em uma possível manobra do prefeito para tentar derrubar a Comissão Processante?
Signorelli -
Acredito que os representantes do prefeito vão fazer de tudo para obstruir a comissão.

Folha - Como o senhor analisa os quatro anos da administração Chico Amaral?
Signorelli -
Infelizmente, muito embora eu tenha profundo respeito pelo prefeito, pelo seu passado de lutas pela democracia e pelos trabalhadores, os anos desta administração foram, de longe, os piores.

Folha - A cassação do prefeito, no último ano de mandato, revolveria os problemas?
Carlos Signorelli (PT) -
Os problemas da cidade, infelizmente, não podem mais ser resolvidos nesta administração, qualquer que seja o resultado da Comissão Processante. A administração não tem mais crédito porque se mostrou incompetente e corrupta.

Folha - Por que a tentativa de instalação da primeira CP foi derrubada? Houve barganha?
Carlos Signorelli (PT) -
A primeira proposta de Comissão Processante não estava consubstanciada. Não havia clima.

Folha - O senhor acredita que o grande número de vereadores que são candidatos a prefeito influenciou na criação da comissão?
Carlos Signorelli (PT) -
O que influenciou foi o desespero da população.


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