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SOB SUSPEITA
Milmed produz material hospitalar sem autorização e vende a 15 Estados; dono não é localizado
Vigilância interdita fábrica em Mogi
da Folha Campinas
A Vigilância Sanitária de Mogi
Mirim (57 km de Campinas) interditou a indústria Milmed, que
fabrica instrumentos utilizados
em intervenções médicas, como
tubos de dreno e cimento ortopédico para fixação de próteses.
A empresa não tem inscrição na
Vigilância Sanitária nem está autorizada pelo Ministério da Saúde
a produzir o material.
A Milmed é suspeita ainda de
piratear produtos legais.
A Polícia Civil abriu inquérito
para investigar possível evasão
fiscal, falsificação de material e
crime contra a pessoa.
A empresa vende seus produtos
para 15 Estados. O material terá
de ser recolhido de distribuidoras
e hospitais. O volume da produção da fábrica não foi divulgado.
Outro lado
O nome do proprietário da empresa não foi divulgado. No local
onde a fábrica funcionava ninguém foi encontrado ontem para
comentar o caso.
A Vigilância Sanitária informou
que a qualidade do material fica
comprometida com a falta de fiscalização.
A empresa estava interditada
desde outubro de 99 pela Vigilância Sanitária, mas continuava funcionando até a última quarta-feira.
Os produtos fabricados clandestinamente pela Milmed não
são encontrados em farmácias.
A Vigilância Sanitária Nacional
está emitindo notificações para o
recolhimento de tudo da empresa
nos hospitais.
A vigilância de Mogi Mirim chegou à Milmed depois que a direção do Hospital São Lucas, da
PUC-RS (Pontifícia Universidade
Católica), de Porto Alegre, denunciou a má qualidade de produtos fabricados na empresa
clandestina.
(LUCIANO CALAFIORI)
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