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EDUCAÇÃO
Veteranos humilham os calouros em Espírito Santo do Pinhal; os 3.000 estudantes voltam dia 16
Universidade suspende aula após trotes
Frâncio de Hollanda/Folha Imagem
Faixa na entrada principal da Fundação Pinhalense de Ensino informa a proibição do trote, ontem
LUCIANO CALAFIORI
da Folha Campinas
A Fundação Pinhalense de Ensino de Espírito Santo do Pinhal
suspendeu as aulas de 3.000 alunos anteontem em razão dos trotes violentos praticados por alunos da faculdade em calouros. As
aulas ficarão suspensas até o próximo dia 16.
A volta às aulas aconteceu na última segunda-feira. É a primeira
vez, em 30 anos, que a universidade suspende as aulas devido à indisciplina de alunos.
Uma sindicância foi aberta para
apurar os casos e o diretor da instituição, Walter Hoffmann, não
descartou punições aos veteranos
da universidade.
Um dos casos que mais chamaram a atenção da diretoria e que
está sendo investigado pela Polícia Civil da cidade é o de um calouro de agronomia, que é diabético e passou mal depois de ter sido obrigado a ingerir várias doses
de água ardente.
Ontem, a Folha não conseguiu
contato com o delegado João Soriano, responsável pela condução
do caso. Segundo alunos, um rapaz conhecido como Alemão foi
um dos que aplicaram o trote no
calouro diabético.
Amarradas
Alunos disseram à Folha que,
em outros casos, calouras foram
amarradas em árvores e tiveram
parte de suas roupas retiradas pelos veteranos.
Os trotes foram denunciados
por mães de estudantes à diretoria da universidade de forma anônima.
De acordo com a Fundação Pinhalense, cerca de dez alunos teriam sido identificados após aplicarem trotes em estudantes do
curso de fisioterapia.
Segundo os alunos, é comum
nos trotes calouras e calouros serem obrigados a colocarem suas
roupas íntimas sobre a roupa.
""Estamos muito preocupados
com isso, pois eles (os veteranos)
não costumavam sair da normalidade", disse o diretor.
Antes do início das aulas, Hoffmann assinou uma portaria proibindo os trotes. A universidade
tem 14 cursos de graduação.
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