São Paulo, domingo, 28 de maio de 2000


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INVESTIGAÇÃO

Justiça suspende imunidade de deputado no AC

DA AGÊNCIA FOLHA

O deputado estadual do Acre Aureliano Pascoal (PL), 50, primo do deputado cassado Hildebrando Pascoal, teve sua imunidade parlamentar suspensa na semana passada. Ele responderá na Justiça pelas acusações de homicídio, sequestro e cárcere privado.
A decisão foi tomada pelo plenário da Assembléia Legislativa do Acre, que aprovou, por 19 votos a 0, o relatório da Comissão de Constituição e Justiça que recomendava a concessão de licença para o parlamentar.
Aureliano é acusado de co-autoria na morte do mecânico Agilson Santos Firmino, o Baiano, que teve braços e pernas amputados por uma motosserra. Ele e seu filho, Uilder Oliveira Firmino, teriam sido assassinados por vingança da família do ex-deputado Hildebrando Pascoal, em Rio Branco, no Acre, em 1996, pelo assassinato de Itamar Pascoal.

Sequestro
O deputado também é acusado de sequestrar e manter sob cárcere privado Clerisnar dos Santos Alves e seus dois filhos, dias após o assassinato de Baiano. Ela é mulher de José Hugo Alves Jr., apontado como autor da morte de Itamar, primo de Aureliano e Hildebrando. Hugo foi morto meses depois, no Piauí.
"Eu estou sendo vítima de um complô", disse Aureliano. "A testemunha que disse que me viu participar do assassinato de Baiano foi aliciada." Ele também negou ter participado do episódio do sequestro e cárcere privado.
Hildebrando teve seu mandato cassado pela Câmara dos Deputados por falta de decoro parlamentar. Ele está preso desde setembro passado, respondendo a vários processos. O ex-deputado também é acusado de liderar um grupo de extermínio no Acre.


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