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OUTRO LADO
"Brasil perdeu o prazo"
DA REPORTAGEM LOCAL
Josal Pellegrino, conselheiro do
Itamaraty e comissário-adjunto
da equipe que organiza a participação brasileira em Hannover,
diz que não foi o Ministério das
Relações Exteriores que perdeu o
prazo para fazer licitação para a
Expo 2000: "Quem perdeu o prazo foi o Brasil".
Segundo ele, o prazo foi perdido
porque a verba para a Expo 2000
só foi liberada em abril deste ano,
após a aprovação do Orçamento
da União. "Se as dotações não
saíam, não havia como cumprir
prazo", alega.
O comissariado que organiza a
participação brasileira em Hannover é composto por integrantes
do Itamaraty, dos Ministérios do
Esporte e Turismo e da Agricultura, do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável e da Associação dos
Exportadores do Brasil.
O presidente do comissariado, o
ministro do Itamaraty Cesário
Melantônio, está envolvido com
com a discussão sobre Hannover
desde janeiro de 1998, segundo
Pellegrino. Os recursos para a Expo 2000 foram solicitados em fevereiro do ano passado.
Para Pellegrino, o comissariado
não foi omisso ao não fazer a licitação para a montagem do pavilhão: "Você acha factível no Brasil
pedir dinheiro para um evento
que será realizado dois anos depois? Não é a tradição do país".
Ricardo Bornhausen, sócio da
Artplan Prime, diz que a agência
foi "utilizada" pela Embratur porque o comissariado não tinha prazo para fazer a licitação.
Bornhausen afirma que só aceitou o contrato depois que a procuradoria da Embratur disse não
haver irregularidades nele.
A Embratur exigiu que a comissão da agência fosse reduzida de
4% para 1,5% sobre o valor do
contrato, segundo ele.
A Folha procurou o ex-ministro
Rafael Greca (PFL-PR) na quinta
e na sexta-feira. Greca estava na
Argentina em compromisso partidário, segundo sua assessoria.
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