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Incompetência venceu
esperança, afirma PFL
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Em solenidade que marcou o
início do processo de refundação
do PFL, as principais lideranças
do partido e até convidados, como o presidente da Câmara dos
Deputados da Itália, Pier Casini,
atacaram duramente o governo
do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. O governo petista é, segundo os pefelistas, corrupto, populista e incompetente.
"A incompetência venceu a esperança", disse o senador Jorge
Bornhausen (SC), presidente nacional do PFL, citando o slogan de
Lula -"a esperança venceu o medo"- na campanha que o levou à
Presidência.
O senador Antonio Carlos Magalhães (BA) falou aos cerca de
200 pefelistas presentes ao evento,
realizado no Rio, que o Brasil
"não está se desenvolvendo como
deve" por causa da "corrupção
deste governo."
"O populismo que já infelicita
alguns países da América do Sul
quer passar também para o Brasil.
Aqui, infelizmente, temos parceiro na corrupção e parceiro no populismo. Não queremos nem
uma coisa nem outra", disse
ACM, em uma referência à declaração de Lula de que o deputado
federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), suspeito de envolvimento em
um esquema de corrupção nos
Correios, é parceiro do governo.
O pré-candidato do PFL à Presidência da República e prefeito do
Rio, Cesar Maia, disse que o governo Lula é populista e comparou-o à gestão do presidente da
Venezuela, Hugo Chávez.
"O populismo de Chávez é de
antes, dos anos 40 e 50, calcado no
processo de dominação. O populismo do presidente Lula é calcado em um sistema mais sofisticado de hegemonia em que o dominado não se sente dominado. Em
que se usa com muita volúpia, e
com competência muitas vezes,
instrumentos de propaganda e
publicidade e as boas articulações
com os meios de comunicação."
Até o presidente da Câmara dos
Deputados da Itália, ao discursar,
atacou o populismo, dizendo que
um lema para o novo PFL poderia
ser: "Faça, não fale. Demagogia
zero. Porque só a demagogia zero
pode levar à fome zero".
O encontro do PFL com convidados da IDC (Internacional Democrática de Centro), entre eles
seu presidente, o ex-primeiro-ministro da Espanha José Maria Aznar, marca o início do processo de
refundação da sigla, que planeja
deixar de ser um partido de direita para se tornar de centro.
"O PFL não seria um partido
com alternativa de poder, não
chegaria ao Sudeste e ao Sul se
não se reposicionasse politicamente e se não fizesse uma revisão de sua imagem", disse Cesar
Maia. O prefeito afirmou que o
PFL quer disputar a eleição presidencial de 2006, mas poderá vir a
apoiar o candidato do PSDB se
constatar não ter chances de vencer Lula e seu projeto de reeleição.
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