São Paulo, sábado, 21 de maio de 2005

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DEFESA

Para vice-presidente, aumento poderia ser pago já em 2005

Recuo do déficit da Previdência pode bancar ajuste para militar, diz Alencar

EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, disse ontem que o governo precisa, ainda neste ano, dar um novo reajuste salarial aos integrantes das Forças Armadas, mesmo com a recente afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que não há recursos.
Em entrevista no Palácio do Planalto, Alencar sugeriu que os recursos podem sair de um eventual recuo do déficit da Previdência, que, no primeiro trimestre deste ano, teve um prejuízo de R$ 8,6 bilhões -avanço de 25% em relação ao mesmo período de 2004.
"De fato não há [recursos], mas ele [Lula] mandou fazer um estudo. O pessoal [da Fazenda e do Planejamento] está fazendo um estudo especial, e eu acredito que vá acontecer." A seguir, questionado se pode ser pago em 2005, ele disse: "Eu acredito que sim, precisamos disso".
Na semana passada, Lula chamou representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica no Planalto para avisá-los de que o governo não tem condições de cumprir, neste momento, a promessa de pagar uma segunda parcela de reajuste aos militares.
Em 2004, depois de uma série de protestos liderados por mulheres de militares, o governo se comprometeu a reajustar os salários em duas parcelas. Como 10% foram antecipados a partir de setembro do ano passado, o restante (20%, mais inflação) ficou para o primeiro trimestre deste ano.
Em frente ao Congresso, mulheres de militares estão acampadas há três semanas para pressionar o governo federal a cumprir a promessa da segunda parcela.


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