São Paulo, sábado, 21 de maio de 2005

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Firma do caso Vampiro foi sondada por Correios

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A empresa ABC Data Saúde, consultada pelos Correios para a licitação suspensa anteontem por indícios de fraude, foi investigada na Operação Vampiro, desencadeada pela Polícia Federal no ano passado para apurar esquemas de propina no Ministério da Saúde.
A licitação dos Correios, de R$ 305 milhões por um período de cinco anos, foi interrompida anteontem porque o ex-chefe do Decam (Departamento de Contratação e Administração de Materiais) dos Correios, Maurício Marinho, disse -no vídeo em que foi flagrado recebendo propina de dois supostos empresários- que havia uma armação entre as empresas consultadas.
É de Maurício Marinho a carta enviada à ABC, em janeiro último, para que ela apresentasse um preço. Outras três empresas foram procuradas por Marinho.
A ABC é investigada por movimentações financeiras detectadas pela PF no decorrer da Operação Vampiro. A empresa pertenceu, até novembro de 2002, ao lobista Jaisler Jabour, preso na operação da Polícia Federal.
O atual diretor da ABC, Eduardo Brandão, disse que não foi investigado na Operação Vampiro e que, embora consultado pelos Correios, não teria condições de participar da licitação por causa de exigências que sua empresa não conseguiria cumprir.
Brandão negou participação nos esquemas investigados pela Operação Vampiro. "Apenas o Jaisler Jabour tinha uma pequena participação, que foi vendida muito antes da Operação Vampiro, em 28/11/2002", escreveu Brandão à Folha.
A Polícia Federal vai apurar se há conexão entre o suposto esquema de corrupção nos Correios revelado pela revista "Veja" e os indícios de fraude em licitações na estatal apontados na Operação Vampiro. (ANDRÉA MICHAEL, CATIA SEABRA e RUBENS VALENTE)


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