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Firma do caso Vampiro
foi sondada por Correios
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A empresa ABC Data Saúde,
consultada pelos Correios para a
licitação suspensa anteontem por
indícios de fraude, foi investigada
na Operação Vampiro, desencadeada pela Polícia Federal no ano
passado para apurar esquemas de
propina no Ministério da Saúde.
A licitação dos Correios, de
R$ 305 milhões por um período
de cinco anos, foi interrompida
anteontem porque o ex-chefe do
Decam (Departamento de Contratação e Administração de Materiais) dos Correios, Maurício
Marinho, disse -no vídeo em
que foi flagrado recebendo propina de dois supostos empresários- que havia uma armação
entre as empresas consultadas.
É de Maurício Marinho a carta
enviada à ABC, em janeiro último, para que ela apresentasse um
preço. Outras três empresas foram procuradas por Marinho.
A ABC é investigada por movimentações financeiras detectadas
pela PF no decorrer da Operação
Vampiro. A empresa pertenceu,
até novembro de 2002, ao lobista
Jaisler Jabour, preso na operação
da Polícia Federal.
O atual diretor da ABC, Eduardo Brandão, disse que não foi investigado na Operação Vampiro e
que, embora consultado pelos
Correios, não teria condições de
participar da licitação por causa
de exigências que sua empresa
não conseguiria cumprir.
Brandão negou participação
nos esquemas investigados pela
Operação Vampiro. "Apenas o
Jaisler Jabour tinha uma pequena
participação, que foi vendida
muito antes da Operação Vampiro, em 28/11/2002", escreveu
Brandão à Folha.
A Polícia Federal vai apurar se
há conexão entre o suposto esquema de corrupção nos Correios
revelado pela revista "Veja" e os
indícios de fraude em licitações
na estatal apontados na Operação
Vampiro.
(ANDRÉA MICHAEL, CATIA SEABRA e RUBENS VALENTE)
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