|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Alvares ganha sobrevida, avalia Planalto
da Sucursal de Brasília
As avaliações feitas por Fernando Henrique Cardoso a assessores no fim-de-semana mantiveram no ar a hipótese de afastamento de Elcio Alvares (Defesa).
A sobrevida do ministro dependeria dele próprio, que precisará
mostrar maior firmeza à frente da
pasta.
Segundo a análise feita no Planalto, as mudanças feitas no âmbito da Defesa deram a Alvares
tempo para refletir. O novo comandante da Aeronáutica tem
perfil mais político e moderado,
afinado com as mudanças que o
governo pretende fazer no setor.
Na visão de FHC e de seus auxiliares diretos, Alvares precisa dar
maior aos assuntos afetos à Defesa, em detrimento das questões
pessoais. De resto, sua permanência depende das investigações da
CPI do Narcotráfico no Espírito
Santo, estado natal de Alvares.
Para o Planalto, a demissão do
comandante da Aeronáutica
Walter Bräuer (por quebra de hierarquia) e da assessora especial
Solange Rezende Antunes (por
suspeitas de irregularidades levantadas pela CPI), na sexta-feira,
significou um "freio de arrumação" no ministério.
A expectativa por parte de FHC
é que, agora, Alvares monte uma
equipe mais técnica e mais afinada com a Política de Defesa Nacional, com roupagem mais profissional do que a anterior, em
que pessoas de seu relacionamento pessoal -caso de Solange, que
trabalhava com Alvares havia 20
anos e controlava tudo e todos em
volta dele- não interfiram na
condução de assuntos da pasta.
A Folha apurou que as críticas à
conduta de Alvares não estavam
restritas ao Planalto e à Aeronáutica. Há uma grande insatisfação
em outras áreas militares, especialmente por parte do Exército.
A avaliação é que Alvares "é fraco" e "não impõe o respeito que o
cargo lhe faculta". No Congresso,
parlamentares que acompanham
assuntos militares concordam
com essa avaliação.
Texto Anterior: Diplomático, Baptista vai a jogo de tênis Próximo Texto: Orçamento: Precatórios somam R$ 3,1 bi em 2000 Índice
|