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Procurador abre
processo para
investigar ex-presidente do
BC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador Guilherme
Schelb, do Ministério Público Federal em Brasília, abrirá processo
para investigar se o ex-presidente
do Banco Central Chico Lopes
praticou tráfico de influência e
vendeu informações privilegiadas
à iniciativa privada.
Schelb pedirá a quebra do sigilo
telefônico dos supostos envolvidos no esquema: Lopes, o consultor Luiz Augusto Bragança, o economista Rubem Novaes e o Banco
Pactual.
Existem duas ações em curso no
Ministério Público Federal sobre
o socorro de R$ 1,6 bilhão aos
bancos Marka e FonteCindam
por ocasião da desvalorização
cambial, em janeiro de 1999.
Uma, por improbidade, corre em
Brasília. A outra, criminal, no Rio
de Janeiro. "Agora há um fato novo que precisamos investigar",
declarou Schelb. Sobre o suposto
conhecimento do caso pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, e
o ex-ministro Clovis Carvalho
(Casa Civil), Schelb disse que se
trata de ampliar a investigação na
ação por improbidade em Brasília.
"A reportagem da "Veja" sugere
que eles tinham conhecimento. Se
soubessem da venda de informação privilegiada ou do socorro irregular aos bancos Marka e FonteCindam, antes ou depois do
acontecido, deveriam ter encaminhado os fatos para serem apurados", declarou o procurador. "Se
nada fizeram, em tese podem ser
acusados de prevaricação."
No Rio, os procuradores devem
convocar outras testemunhas e
tomar novos depoimentos das
que já haviam se apresentado, como o consultor Bragança. O banco Pactual deverá integrar a ação
criminal, se as denúncias da revista "Veja" se confirmarem.
A idéia dos procuradores é ampliar as investigações acerca de
supostos beneficiários das informações privilegiadas.
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