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Lopes nega o suposto esquema
DA SUCURSAL DO RIO
O economista Francisco Lopes,
ex-presidente do Banco Central,
negou ontem que tenha participado de um esquema de venda de
informações privilegiadas e afirmou que nunca foi chantageado
pelo banqueiro Salvatore Cacciola, apontado pela revista "Veja"
como beneficiário do esquema.
"Se o Cacciola estivesse pagando para receber informações, ele
não teria quebrado, como aconteceu", disse Lopes. Ele também negou ter recebido dinheiro do Pactual e disse nunca ter havia ouvido
falar de conta desse banco no exterior citada pela revista.
O ex-presidente do BC considerou "estranho" que a reportagem
da revista tenha sido publicada
"num momento em que o processo criminal [do caso Marka" está
encaminhado e evoluindo bem
para a descoberta da verdade".
Lopes afirmou que cabe à Polícia Federal e ao Ministério Público a abertura de investigações sobre o suposto grampo apontado
por "Veja". Ele disse que nunca
teve conhecimento de gravações.
Lopes afirmou que a declaração
atribuída a ele referente a uma
conversa com o consultor Luiz
Augusto Bragança em meados de
1998, de que não haveria mais
uma reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária) e por isso
ele (Lopes) estava embarcando
para o Rio de Janeiro, poderia servir para qualquer contexto.
"Se um dia eu falei isso, poderia
estar dizendo que ia para o futebol, que ia pescar. A frase não
prova nada." Para Lopes, a reportagem de "Veja" é "uma colcha
retalhada de coisas requentadas".
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