São Paulo, domingo, 20 de maio de 2001

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Lopes nega o suposto esquema

DA SUCURSAL DO RIO

O economista Francisco Lopes, ex-presidente do Banco Central, negou ontem que tenha participado de um esquema de venda de informações privilegiadas e afirmou que nunca foi chantageado pelo banqueiro Salvatore Cacciola, apontado pela revista "Veja" como beneficiário do esquema.
"Se o Cacciola estivesse pagando para receber informações, ele não teria quebrado, como aconteceu", disse Lopes. Ele também negou ter recebido dinheiro do Pactual e disse nunca ter havia ouvido falar de conta desse banco no exterior citada pela revista.
O ex-presidente do BC considerou "estranho" que a reportagem da revista tenha sido publicada "num momento em que o processo criminal [do caso Marka" está encaminhado e evoluindo bem para a descoberta da verdade".
Lopes afirmou que cabe à Polícia Federal e ao Ministério Público a abertura de investigações sobre o suposto grampo apontado por "Veja". Ele disse que nunca teve conhecimento de gravações.
Lopes afirmou que a declaração atribuída a ele referente a uma conversa com o consultor Luiz Augusto Bragança em meados de 1998, de que não haveria mais uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e por isso ele (Lopes) estava embarcando para o Rio de Janeiro, poderia servir para qualquer contexto.
"Se um dia eu falei isso, poderia estar dizendo que ia para o futebol, que ia pescar. A frase não prova nada." Para Lopes, a reportagem de "Veja" é "uma colcha retalhada de coisas requentadas".


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