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Lula diz que não tem tempo a perder com CPI e defende o uso de cartões
DA ENVIADA A VITÓRIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que
não tem tempo a perder com a
CPI dos Cartões, mas que o governo pretende fornecer todas
as informações solicitadas. Lula defendeu o uso dos cartões
corporativos como instrumento de mais transparência nos
gastos. "A CPI vai prestar um
serviço à nação porque vai
aperfeiçoar o sistema de gastos
do governo", disse.
Segundo o presidente, o papel do Congresso é legislar e fazer a CPI, e o do governo, trabalhar. "Eu confesso a vocês que
não tenho tempo a perder com
CPI. Nós iremos fazer tudo o
que for possível para contribuir
com as informações, mas nesse
momento não quero jogar fora
e não quero perder a oportunidade do bom momento que o
Brasil vive. (...) Enquanto as
pessoas discutem lá em Brasília, enquanto as pessoas fazem
investigação, meu papel vai ser
viajar pelo Brasil", disse.
Lula participou ontem da cerimônia de início da obra de duplicação de um trecho do contorno de Vitória, com investimentos de R$ 51,4 milhões do
governo federal. A obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Além
disso, foi assinada uma ordem
de serviço para a implantação
do sistema de esgoto sanitário
de Santo Antônio e bairros adjacentes, no âmbito do programa Saneamento para Todos.
O presidente afirmou em discurso no Palácio Anchieta, com
a presença do governador do
Espírito Santo, Paulo Hartung
(PMDB), que não faz distinção
entre partidos para as obras do
PAC e citou um montante de
cerca de R$ 8 bilhões para o governo de São Paulo, administrado por José Serra (PSDB).
"O maquiavelismo político
atrapalha muito o desenvolvimento de um Estado ou de uma
cidade", disse o presidente.
Hartung citou o resultado da
última pesquisa CNT/Sensus
que mostrou uma avaliação positiva do governo de 52,7%. "O
senhor é uma força da natureza. O senhor deu conta do recado", disse.
Sem mencionar diretamente
a pesquisa, Lula disse que antes
do seu governo, a Presidência
era um cargo para "a elite". Ele
enfatizou que é preciso investir
mais em distribuição de renda.
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