São Paulo, domingo, 10 de abril de 2005

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XADREZ FEDERAL

PT nos Estados põe obstáculos a aliados de Lula

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PT, na maior parte dos Estados, ignora por ora o desejo da direção nacional de abrir palanques para partidos aliados, principalmente o PMDB, em nome da reeleição de Lula.
De acordo com levantamento feito pela Folha, há tendência de candidatura própria do partido em 20 Estados. Em alguns deles, já há resoluções nesse sentido pelos diretórios estaduais, com pré-candidatos em campanha aberta. Só em 7 Estados a tendência hoje é de apoiar outros partidos.
A aliança com o PMDB é a principal ameaçada. O partido exige contrapartida em alguns Estados para apoiar Lula em 2006. "É inimaginável a aliança nacional sem uma contrapartida grande. O PT nacional até quer a aliança, o problema são os PTs estaduais", diz Michel Temer, presidente do PMDB.
Como forma de cacifar o partido, líderes peemedebistas insinuam que pode haver candidatura própria em 2006.
Na opinião da direção petista, haveria condições de o PT apoiar o PMDB em Estados importantes, como Santa Catarina, Paraná, Goiás e Ceará.
Alguns líderes chegam a sonhar com o apoio à reeleição do peemedebista Germano Rigotto no Rio Grande do Sul -minimizando a importância da rivalidade histórica entre os dois partidos no Estado.
No Paraná, a aliança teria o bônus de atrair novamente para a órbita de Lula o governador Roberto Requião (PMDB).
Mas lá o PT quer ter candidato. "Lula precisa de um palanque confiável, e não é o de Requião", afirma André Vargas, presidente do PT no Estado.
No Ceará, a direção nacional gostaria de ver o PT apoiando o candidato peemedebista -provavelmente o ministro Eunício Oliveira (Comunicações)- ou o PPS, de Cid Gomes, irmão do ministro Ciro Gomes (Integração Nacional).


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