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XADREZ FEDERAL
PT nos Estados
põe obstáculos a
aliados de Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT, na maior parte dos Estados, ignora por ora o desejo
da direção nacional de abrir
palanques para partidos aliados, principalmente o PMDB,
em nome da reeleição de Lula.
De acordo com levantamento feito pela Folha, há tendência de candidatura própria do
partido em 20 Estados. Em alguns deles, já há resoluções
nesse sentido pelos diretórios
estaduais, com pré-candidatos
em campanha aberta. Só em 7
Estados a tendência hoje é de
apoiar outros partidos.
A aliança com o PMDB é a
principal ameaçada. O partido
exige contrapartida em alguns
Estados para apoiar Lula em
2006. "É inimaginável a aliança
nacional sem uma contrapartida grande. O PT nacional até
quer a aliança, o problema são
os PTs estaduais", diz Michel
Temer, presidente do PMDB.
Como forma de cacifar o partido, líderes peemedebistas insinuam que pode haver candidatura própria em 2006.
Na opinião da direção petista, haveria condições de o PT
apoiar o PMDB em Estados
importantes, como Santa Catarina, Paraná, Goiás e Ceará.
Alguns líderes chegam a sonhar com o apoio à reeleição
do peemedebista Germano Rigotto no Rio Grande do Sul
-minimizando a importância
da rivalidade histórica entre os
dois partidos no Estado.
No Paraná, a aliança teria o
bônus de atrair novamente para a órbita de Lula o governador Roberto Requião (PMDB).
Mas lá o PT quer ter candidato. "Lula precisa de um palanque confiável, e não é o de Requião", afirma André Vargas,
presidente do PT no Estado.
No Ceará, a direção nacional
gostaria de ver o PT apoiando
o candidato peemedebista
-provavelmente o ministro
Eunício Oliveira (Comunicações)- ou o PPS, de Cid Gomes, irmão do ministro Ciro
Gomes (Integração Nacional).
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