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São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2000
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ARTES PLÁSTICAS Estão expostas 900 peças Museu do folclore reabre em casa nova
free-lance para a Folha Depois de quatro anos fechado, o Museu do Folclore reabre em outro local: na Casa Sertanista, restaurada pela Brasil 500 Anos, associação responsável pelos eventos comemorativos dos 500 anos do Descobrimento. O museu funcionava no pavilhão Lucas Nogueira Garcez, no parque Ibirapuera, no segundo, terceiro e quarto andares do prédio onde se situa o Museu da Aeronáutica. Esse estabelecimento também está sendo restaurado e deve abrigar, depois de reaberto, as quase 7.000 peças representantes do folclore brasileiro que fazem parte do acervo atual. A Casa Sertanista é uma construção jesuíta do século 17, erguida por bandeirantes. As paredes de taipa de pilão, uma espécie de barro socado, têm poucas obras dependuradas devido à sua fragilidade. Ao todo, 900 objetos estão expostos na Casa, inclusive as primeiras jangadas que chegaram a São Paulo vindas do Ceará. Na reinauguração de hoje, haverá uma congada, hasteamento da bandeira de são Benedito, folia de reis e apresentação do grupo de canções folclóricas Ibassaí. Será servido, ainda, um buffet de comidas típicas. A idéia da criação do museu foi de Mário de Andrade, nas décadas de 20 e 30, sob influência do nacionalismo que regia o movimento modernista. O escritor desenvolveu um método pessoal de pesquisa e coleta de objetos folclóricos que foi seguido, posteriormente, pelo professor Rossini Tavares de Lima. O professor conseguiu erguer o museu, que aliás leva seu nome, na época da comemoração dos 400 anos da cidade de São Paulo. Apesar de ainda não estar com a infra-estrutura completa, a Casa Sertanista conta com uma equipe de dez funcionários efetivos, além de monitores e estagiários. "O importante era abrir as portas", conta a curadora Laila Fiúza. Um biblioteca só sobre o tema folclore está disponível, há salas para cursos e guias treinados, bilíngues, aptos a conduzir turmas em inglês. Haverá várias exposições durante o ano, explica Laila, tomando-se o cuidado de não acentuar regionalismos. "Estamos preocupados em recuperar o folclore do Brasil como um todo. Portanto não vamos sistematizá-lo por regiões", diz. A Casa ganhou um biombo externo em acrílico, que a protege do sol e chuva. Retrátil, pode ser removido de acordo com a necessidade das exposições, ajudando a otimizar o espaço. (DEMETRIUS CAESAR) O quê: reinauguração do Museu do Folclore Onde: Casa Sertanista (pça. Ênio Barbato, s/n�, Jardim Caxingui - altura do número 2.100 da av. Francisco Morato) Quando: hoje, às 14h Quanto: entrada franca Próximo Texto: Música: Ataque Frontal volta ao front no Hangar 110 Índice |
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