S�o Paulo, s�bado, 24 de fevereiro de 1996 |
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Morte de Rubens Paiva � reconhecida ap�s 25 anos Vi�va recebe certid�o de �bito de v�tima do regime militar ANA MARIA MANDIM
Eunice foi ontem � tarde ao 1� Cart�rio de Registro Civil de S�o Paulo para receber a certid�o de �bito do marido, ap�s 25 anos de busca e espera. "Durante muito tempo, como n�o nos entregavam esse papel, eu e meus filhos (cinco) ficamos na d�vida se Rubens estava morto ou n�o", afirmou. "Essa foi a forma de tortura mais violenta que impuseram �s fam�lias dos desaparecidos pol�ticos". H� outras 156 fam�lias na mesma situa��o dos Paiva. A emiss�o do atestado de �bito de desaparecidos durante o regime militar (1964-1985) tornou-se poss�vel gra�as � Lei 9.140, assinada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em dezembro de 1995. Rubens Paiva sumiu ap�s ter sido preso por militares. Segundo sua vi�va, ele morreu sob tortura em um quartel do 1� Ex�rcito, no Rio, na madrugada de 22 de janeiro de 1971. O comunicado oficial das autoridades militares, na �poca, dizia que o deputado havia fugido com a ajuda de terroristas. Eunice chegou ao cart�rio, no 1� andar de um velho pr�dio na avenida Rangel Pestana, centro de S�o Paulo, junto com seu filho, o jornalista Marcelo Paiva. Quis entrar na fila, mas n�o precisou, pois estava sendo aguardada. Teve de corrigir, no entanto, um dos documentos do cart�rio que dizia que Paiva havia desaparecido aos 66 anos. O deputado, engenheiro e ex-l�der estudantil Rubens Paiva tinha 41 anos quando foi visto pela �ltima vez. Ele sa�ra de carro para prestar depoimento. "Essa certid�o � um pedido de perd�o do Estado pelo abuso que cometeu", afirmou Marcelo Paiva. A certid�o, um documento de 21 linhas, registra a morte de Rubens Paiva "em 29 de janeiro de 1996". Texto Anterior: Jobim explicar� decreto pol�mico no exterior Pr�ximo Texto: L�der do MST considera Covas aliado dos sem-terra �ndice |
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