Reuters
27/02/2003 - 14h48

Fran�a lan�a campanha contra anti-semitismo nas escolas

da Reuters, em Paris

A Fran�a lan�ou hoje uma campanha para acabar com o anti-semitismo e o racismo dentro das escolas do pa�s.

A medida � adotada em vista da possibilidade de um eventual conflito no Iraque aprofundar as tens�es entre os mu�ulmanos e os judeus que vivem em territ�rio franc�s.

As rela��es normalmente tranquilas entre as duas comunidades v�em-se sob press�o desde 2000, quando eclodiu um segundo levante palestino contra a ocupa��o israelense.



Os meios de comunica��o do pa�s divulgaram recentemente o caso de um garoto judeu de 11 anos obrigado a mudar de escola depois de ter sido intimidado por alunos �rabes. Em um outro caso, um professor foi bombardeado com bolinhas de papel quando tentou dar uma aula sobre o Holocausto.

"N�o podemos deixar as coisas continuarem assim", disse � r�dio RTL o ministro da Educa��o do pa�s, Luc Ferry.

"A imin�ncia de uma poss�vel guerra no Iraque n�o ajudar� os professores."

Ferry afirmou que criaria uma c�lula de vigil�ncia e a��o dentro do minist�rio para ajudar as escolas a enfrentar o racismo. O ministro ainda advertiu que alunos culpados de tais comportamentos poderiam ser expulsos e sofrer processos judiciais.

Reagindo a relatos sobre a presen�a cada vez mais comum de v�us e solid�us nas escolas, Ferry declarou ser hora de reafirmar a natureza secular do sistema educacional franc�s.

"Em uma situa��o explosiva, poder�amos dizer a todos os estudantes: 'Abandonem as cruzes, os v�us, os solid�us. Vamos colocar um fim nisso e jogar segundo as regras da rep�blica'."

A Fran�a abriga as maiores comunidades mu�ulmana e judaica da Europa. Os l�deres dos cerca de 650 mil judeus presentes no pa�s acusam as autoridades francesas de ignorar uma onda de anti-semitismo supostamente alimentada pelos imigrantes vindos do norte da �frica.

Ferry afirmou que alguns diretores de escolas n�o estavam encarando com a seriedade necess�ria os incidentes ocorridos nas institui��es de ensino do pa�s.

"O anti-semitismo vem sendo encarado como algo comum. Mas n�o devemos aceitar isso e os diretores das escolas sabem bem disso", declarou o ministro.

 

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