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HIST�RIA


It�lia - 1990

Contexto hist�rico

Jogadores da sele��o alem� comemoram o gol de p�nalti de Brehme, que valeu o t�tulo da Copa do Mundo sobre a Argentina

A queda do muro de Berlim no ano anterior simbolizava o fim de uma era. A divis�o do mundo em dois p�los, um comunista e outro capitalista, chegava ao fim. No final de 1990, a Alemanha seria reunificada, apesar de ter disputado a Copa da It�lia ainda somente com a Alemanha Ocidental.

O �imp�rio� sovi�tico tamb�m estava pr�ximo de seu fim. A URSS, que tamb�m disputou o Mundial-1990, seria desintegrada em 1991.

No Brasil, pela primeira vez foram realizadas elei��es diretas para presidente em 90, depois do per�odo de 20 anos da ditadura e da elei��o indireta de Tancredo Neves, em 1985. Ganhou Fernando Collor de Melo, que acabou sofrendo impeachment.

A Copa

O bom futebol apresentado nas Copas de 1982 e 1986 n�o se repetiu na It�lia, em 1990. O Mundial italiano foi o mais desinteressante da hist�ria, com a menor m�dia de gols j� registrada: 2,2 por partida. A Alemanha, comandada por Franz Beckenbauer no banco e Lothar Matthaus em campo, redimiu-se dos vice-campeonatos das duas edi��es anteriores e conquistou seu terceiro t�tulo, em revanche contra a Argentina na final.

Os argentinos, apesar de contar com Maradona, tinham um time fraco. Na final, a vit�ria alem� foi contestada. O �nico gol saiu em um p�nalti duvidoso, faltando seis minutos para o fim do jogo.

As boas surpresas da competi��o foram os times de Camar�es e Col�mbia, exce��es em meio ao futebol acanhado do torneio. Os camaroneses chegaram a vencer a Argentina no jogo de abertura, por 1 a 0. Os colombianos empataram com os alem�es. Nas oitavas-de-final, ficaram frente a frente. Deu Camar�es, com vit�ria por 2 a 1 e show de Roger Milla.

Nas quartas-de-final, no jogo mais emocionante da Copa, a Inglaterra saiu na frente, com um gol de Platt, mas Camar�es virou com Kunde e Ekeke. Faltando oito minutos para o fim, Lineker empatou, em cobran�a de p�nalti.

Na prorroga��o, mais um gol de p�nalti de Lineker. Apesar do pouco futebol, a Copa da It�lia ficou marcada pela melhor organiza��o da hist�ria e pelos est�dios e gramados perfeitos.
 
Classifica��o
 Alemanha Oc.
 Argentina
 It�lia
4o Inglaterra

Artilheiros
Schillaci
Atacante
It�lia
Skuhravy
Atacante
Tchecoslov�quia
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O Brasil

O t�cnico Sebasti�o Lazaroni tentou implantar na sele��o brasileira um sistema t�tico que ia contra as tradi��es do futebol nacional, com tr�s zagueiros, sendo um deles l�bero. O resultado foi uma equipe defensiva e sem brilho, que fez campanha decepcionante na Copa.

Na primeira fase, o time brasileiro conseguiu tr�s vit�rias magras (2 a 1 contra a Su�cia, 1 a 0 contra a Costa Rica e 1 a 0 contra a Esc�cia). Classificou-se em primeiro lugar no grupo, mas foi s�. Logo nas oitavas-de-final, o time de Lazaroni caiu diante da Argentina.

Mas a sele��o brasileira, na verdade, dominou o jogo e chegou a mandar tr�s bolas na trave. Mas num passe fant�stico de Maradona, que estava jogando no sacrif�cio, Caniggia s� teve o trabalho de passar por Alem�o para ficar frente a frente com Taffarel. O atacante driblou o goleiro brasileiro e marcou o �nico gol do jogo.

Al�m de Lazaroni, que chegou � It�lia j� contratado pela Fiorentina, diversos jogadores ficaram marcados pelo fracasso, como zagueiro Mauro Galv�o, que foi o l�bero do time, e principalmente o volante Dunga, eleito s�mbolo do mau futebol da sele��o. Quatro anos depois, seria ele o capit�o da conquista do tetra, nos Estados Unidos.

Sistema de disputa

Os 24 times classificados foram divididos em seis grupos de quatro. Os dois primeiros, al�m dos quatro melhores terceiros, se classificaram. A partir das oitavas-de-final, foram disputadas eliminat�rias simples.

Destaque

Presente nos vice-campeonatos de 1982 (como reserva) e 1986 (como um dos principais jogadores), Lothar Matthaus foi o grande l�der da Alemanha Ocidental na conquista do t�tulo de 1990. Apesar de atuar bastante recuado, o meia era o principal articulador das jogadas ofensivas de seu time, servindo os atacantes Klinsmann, Voeller e Littbarski. Mesmo vindo de tr�s, marcou quatro gols na Copa e foi o artilheiro alem�o. Seu jogo eficiente e equilibrado garantiu a regularidade da sele��o alem� ao longo da competi��o. Matthaus � at� hoje o recordista em jogos por Copas do Mundo, com 25 no total. Jogou ainda os Mundiais de 1994, nos EUA, e 1998, na Fran�a, assumindo a fun��o de l�bero. � o jogador que mais atuou com a camisa da Alemanha: 150 vezes. Outro destaque da Copa-1990 foi o atacante italiano Salvatore Schillaci. Tot�, como ficou conhecido, foi o artilheiro da competi��o, com seis gols.

Fracasso

Finalistas em 1974 e 1978, os holandeses ficaram de fora dos Mundiais de 1982 e 1986. O retorno aconteceu somente na Copa da It�lia-1990, mas foi decepcionante. Nem de longe a Holanda mostrou o futebol envolvente que lhe rendeu os apelidos de �Carrossel Holand�s� e �Laranja Mec�nica�. Mesmo com grandes jogadores em seu elenco, como Koeman, Rijkaard, Van Basten e Gullit, a Holanda teve resultados p�fios. Na primeira fase, foram tr�s empates, com apenas dois gols marcados (1 a 1 com o Egito, 0 a 0 com a Inglaterra e 1 a 1 contra a Irlanda). Mesmo com a classifica��o para a pr�xima fase _como um quatro melhores terceiros colocados_, os holandeses sucumbiram nas oitavas-de-final, com uma derrota por 2 a 1 para a Alemanha Ocidental.

Curiosidades

O camaron�s Roger Milla, 38, se tornou o mais velho jogador a marcar um gol em Copas do Mundo.


O goleiro italiano Walter Zenga bateu o recorde de minutos sem levar gol em Copas do Mundo, do alem�o Sepp Maier (475 minutps, nas Copas de 1974 e 78). Ficou 517 minutos invicto, at� a semifinal contra a Argentina (1 a 1).
A Copa foi marcada pela viol�ncia entre hooligans ingleses, alem�es e a pol�cia italiana. Cidades como Cagliari e Mil�o viraram pra�as de guerra antes e depois de jogos. Torcedores alem�es e ingleses foram expulsos do pa�s durante o Mundial.
Durante a competi��o, a Fifa determinou que o gol contra, se iniciado com um chute de ataque, devia ser atribu�do ao atacante. A pol�mica surgiu depois que, no gol brasileiro contra a Costa Rica, Muller chutou, a bola bateu no zagueiro Montero e entrou. A Fifa mudou a decis�o do �rbitro e deu o gol a Muller.
Num Mundial de muitos erros, o pr�prio secret�rio-geral da Fifa, Joseph Blatter, criticou os �rbitros durante a Copa. Entre os erros mais grosseiros, est� o toque de Maradona na bola com a m�o, dentro da pequena �rea, contra a Uni�o Sovi�tica, ignorado pelo �rbitro.
Muitos jogadores usaram, sob o cal��o, bermudas de borracha pretas para evitar estiramentos musculares. Posteriormente, a Fifa exigiu que, caso fossem usadas, elas devessem ser da mesma cor do cal��o.
No jogo contra a Esc�cia, pela primeira fase, o lateral brasileiro Branco, conhecido pela pot�ncia de seus chutes, acabou acertando em uma cobran�a de falta a cabe�a do zagueiro advers�rio McLeod. Desmaiado, o jogador teve que ser substitu�do.
O s�timo lugar conquistado por Camar�es na Copa-1990 foi a melhor posi��o at� ent�o j� alcan�ado por uma equipe africana em um Mundial.
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