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13/01/2004 - 16h30

Entenda o caso Banestado

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da Folha Online

Alvo da CPI

Aberta em junho, com base em investiga��o da Pol�cia Federal, a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito apura as responsabilidades sobre evas�o de divisas do Brasil --o montante soma US$ 30 bilh�es, movimentados entre 1996 e 1997. O principal destino do dinheiro no exterior era a ag�ncia do Banestado (Banco do Estado do Paran�) em Nova York.

O esquema

Segundo a PF, um grupo de doleiros operava diversas contas no Banestado em NY, de onde movimentavam dinheiro para outros bancos nos EUA. De l�, reenviariam a para�sos fiscais. Al�m de suspeita de lavagem dinheiro e liga��es com o tr�fico, o relat�rio da PF apontou o envolvimento de pol�ticos e familiares de pol�ticos no esquema

J� depuseram na CPI

Jos� Castilho Neto: delegado da Pol�cia Federal, afastado das investiga��es do caso desde maio de 2002;

Gustavo Franco: ex-presidente do Banco Central, � �poca diretor da �rea internacional do BC;

Diretores do Banco Central e t�cnicos da Pol�cia Federal e da Receita tamb�m foram ouvidos, al�m de procuradores do Paran� que investigam o caso.

Como come�ou

Uma equipe da Pol�cia Federal foi enviada em 2001 para Nova York com o objetivo de investigar remessas de cerca de US$ 30 bilh�es para contas do Banestado no exterior, feitas por meio das contas CC-5 --contas que servem para que empresas multinacionais ou brasileiras com interesses no exterior transfiram dinheiro para fora do pa�s, tamb�m utilizadas para o envio de dinheiro a brasileiros que moram no exterior.

As primeiras informa��es apontavam que um grupo de doleiros atuavam como operadores dessas contas. O dinheiro foi enviado para outros bancos nos EUA e, depois, para para�sos fiscais --como acontece em esquemas de lavagem de dinheiro. Segundo a PF, h� suspeita tamb�m de que o dinheiro seja, em parte, proveniente do tr�fico.

A investiga��o deu origem a um pedido de CPI (Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito) no Senado. Sob orienta��o do Planalto, o l�der do governo na Casa, Aloizio Mercadante (PT-SP), articulou o fim da CPI sob o argumento de que a CPI poderia atrapalhar a discuss�o e vota��o das reformas tribut�ria e da Previd�ncia.

Dias depois, o presidente da C�mara dos Deputados, Jo�o Paulo Cunha (PT-SP), decidiu abrir caminho para uma CPI sobre o caso. Diante da decis�o do col�gio de l�deres de instalar uma comiss�o na C�mara, o Senado recuou e decidiu reabrir tamb�m a CPI, que agora � mista: tem 16 deputados e 16 senadores.

Envolvidos

O relat�rio da PF apontou tamb�m o envolvimento de pol�ticos no esquema, al�m de grandes empres�rios e personalidades --artistas e jogadores de futebol. Entre eles, estaria o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que nega participa��o no esquema.

Delegado da PF que presidiu o inqu�rito do Banestado entre julho de 2002 e mar�o de 2003, Ant�nio Carlos de Carvalho disse � comiss�o de Seguran�a P�blica e Combate ao Crime Organizado da C�mara que movimenta��es mapeadas pela PF apontam envio ilegal por parte de seis pol�ticos, um ex-caixa de campanhas eleitorais e um ex-funcion�rio da Prefeitura de S�o Paulo, al�m de artistas conhecidos.

Outro delegado da PF, Paulo Cauby Batista, foi preso no dia 17 de junho no Cear�, acusado de passar informa��es sigilosas ap doleiro Alexandre Di�genes Ferreira Gomes, o "Alex", investigado no caso.

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