Os vencedores da 19ª edição do Prêmio Empreendedor Social em 2023 foram escolhidos por júri composto de atores do ecossistema de impacto social, convidados pela Folha e pela Fundação Schwab, correalizadoras do concurso.
Entre os jurados estão empreendedoras sociais reconhecidas como a ex-ministra do Esporte Ana Moser, à frente do Instituto Esporte Educação, e Jeroo Bilimorria, fundadora do Catalyst 2030, movimento global para aceleração dos ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Agenda 2030 da ONU.
Aceitaram também o convite para avaliar o perfil dos 9 finalistas e o impacto de suas iniciativas representantes do mundo corporativo, como Marta Pinheiro, diretora-executiva ESG da XP Investimentos e Young Global Leader, uma das comunidades do Fórum Econômico Mundial.
Os jurados votaram a partir de critérios como perfil da liderança e impacto, escala e sustentabilidade da iniciativa, para definir os laureados em cada uma das três categorias.
Em Inovação para o Século 21, o vencedor é Robson Melo pelo trabalho à frente da Estante Mágica, plataforma online que já permitiu a mais de 2 milhões de crianças e adolescentes escrever seus próprios livros, em parceria com 7.000 escolas públicas e privadas.
Melo concorreu com Bruno Sindona, fundador de incorporadora e construtora Sindona, que eleva o padrão de moradia para a baixa renda.
Disputaram também nesta categoria João Manuel Pietrafita e Rodrigo Belli, cofundadores da Água Camelo, startup que oferece soluções de acesso a água potável em periferias, no semiárido e na Amazônia.
Na categoria Inclusão Social e Produtiva a escolhida pelo júri foi Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora e do Instituto Rede Mulher Empreendedora, maior plataforma de empoderamento feminino do país.
As outras finalistas são a baiana Saville Alves, da Solos, startup que atua na cadeia de reciclagem, e a gaúcha Raíssa Kist, da Herself, negócio de impacto que levar dignidade menstrual para meninas e mulheres em vulnerabilidade.
Em Soluções que Inspiram o júri premiou o trabalho de Aline Odara, cofundadora do Fundo Agbara, o primeiro fundo estruturado por mulheres negras para promover justiça econômica entre mulheres negras.
O júri avaliou também na categoria Fernando Rangel, à frente da ONG Refúgio 343, que dá suporte a refugiados até a autonomia no país.
Concorreram também Ananias Viana e Jucilene Jovelino, pela Rede Cidadania Quilombola, formada por 18 quilombos do Recôncavo Baiano.
"Fiquei profundamente tocada ao conhecer os vários dos projetos", disse Helena Bertho, diretora global de Diversidade e Inclusão do Nubank e uma das 100 afrodescendentes mais influentes do mundo, ao finalizar a avaliação como jurada. "Quanta iniciativa transformadora acontecendo no Brasil."
Marcel Fukayama, cofundador da Din4mo e do Sistema B e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, a experiência como integrante do júri também foi especial.
"Trata-se de uma dose de esperança por ver tantas lideranças e iniciativas com genuína intenção de impacto positivo e com potencial real e concreto de transformação."
Hilde Schwab, presidente e cofundadora da Fundação Schwab, destaca a multiplicidade de soluções e o vigor do campo do empreendedorismo social do Brasil.
"Esta premiação especial celebra os agentes de mudança que transformaram milhões de vidas por meio de seus esforços incansáveis e ideias inovadoras."
A premiação, diz ela, celebra empreendedores sociais excepcionais no Brasil. "Parabéns novamente aos finalistas e aos premiados. O mundo precisa de vocês".
A Schwab selecionará entre os candidatos o brasileiro que irá integrar o grupo dos Inovadores Sociais do Ano, que serão anunciados na reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, em janeiro de 2024.
Oportunidade para amplificar a atuação de lideranças brasileiras entres os mais de 450 inovadores sociais de todo o mundo que integram hoje a Rede Schwab.
Para o representante da Folha no júri deste ano, o superintendente Carlos Ponce de Leon, todos os candidatos merecem ser reconhecidos e aplaudidos pelas suas iniciativas tão necessárias.
"O alto nível dos finalistas, o propósito desses empreendedores sociais e, principalmente, o legado e os impactos positivos que eles estão deixando para sociedade são excepcionais", avalia Ponce.
Ao trio de vencedores definidos pelo júri se junta o preferido pelo público na Escolha do Leitor, categoria de voto popular.
O Prêmio Empreendedor Social 2023 tem patrocínio de Gerdau, Ambev, Coca-Cola, Instituto Liberta, Vedacit, CNI, Sesi-Senai e VR. Conta também com apoio da Porto e parceria estratégica de Ashoka, ESPM, Fundação Dom Cabral, Pacto Global, Prosas, SBSA Advogados e UOL.
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