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Dan�arinos criticam cerim�nia de abertura da Copa

Se a festa de abertura da Copa pareceu um espet�culo amador n�o foi por falta de aviso e reclama��es dos profissionais da dan�a.

Quando come�aram a ser divulgados os an�ncios para a sele��o de participantes, em fevereiro, o Sinddan�a-SP (Sindicato dos Profissionais da Dan�a do Estado) manifestou seu rep�dio � convoca��o de bailarinos para trabalho volunt�rio na coreografia.

A Team Spirit, empresa contratada para produzir a festa, divulgou em fevereiro um an�ncio para as audi��es, em que atestava que a participa��o n�o seria remunerada.

A empresa se responsabilizava por transporte e alimenta��o durante os ensaios, atestado para dispensa no trabalho ou na escola e certificado de participa��o.

Na nota de rep�dio, o sindicato dizia n�o aceitar que profissionais que investiram tempo e dinheiro em sua forma��o fossem incitados a trabalhar de gra�a.

Maria Pia Finn�chio, presidente do Sinddan�a, conta que, ap�s a publica��o da nota, foi chamada para uma reuni�o com a Team Spirit.

Segundo Finn�chio, o sindicato pediu a contrata��o de 60 bailarinos, que receberiam o piso da categoria (R$ 2.200 para 20 ensaios e uma apresenta��o). Tamb�m foi pedida a contrata��o de um core�grafo brasileiro, um assistente e dois auxiliares.

"A empresa disse que n�o tinha dinheiro para isso e prop�s s� a contrata��o de 30 bailarinos", diz. Ela afirma que o valor apresentado foi cerca de R$ 200 mil.

Um membro de uma das companhias que participaram da abertura, que prefere n�o se identificar, reclama da coordena��o da Team Spirit. Ele diz que faltou organiza��o e que o evento s� ocorreu por causa da boa vontade dos artistas.
"Saiu porque as pessoas envolvidas estavam muito comprometidas", conta, acrescentando que apenas dois ensaios gerais foram realizados no est�dio.

"Mostramos algo tipicamente brasileiro: a falta de organiza��o e o h�bito de deixar tudo para a �ltima hora."

OUTRO LADO

Alan Cimerman, executivo da Team Spirit, diz que a festa de abertura da Copa foi concebida para alunos de dan�a e participa��o volunt�ria.

"N�o pedimos para os bailarinos profissionais trabalharem de gra�a", declara.

Cimerman afirma que tentou conversar com o Sinddan�a, mas n�o houve acordo.

"Tinha um limite, n�o temos dinheiro a rodo. Pediram um or�amento absurdo."

Sobre as cr�ticas � festa em si, Cimerman defende que a cerim�nia feita durante o dia impediu o uso de recursos luminosos. E ainda, que o tempo limitado do espet�culo exigiu montagem e desmontagem r�pidas, prejudicando a log�stica do backstage.

"Se fosse poss�vel, ter�amos mais alguns ensaios no est�dio para maiores ajustes."

Colaborou PEDRO MARTINS, de S�o Paulo

Livraria da Folha

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