Finalistas do último Campeonato Paulista, São Paulo e Palmeiras renovam sua rivalidade a partir desta terça-feira (10), em um confronto internacional. As equipes se encontram às 21h30, no Morumbi, no jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores —SBT e Fox Sports transmitem—, e cada lado tem motivos para alimentar o próprio otimismo.
O time alviverde é o atual campeão da Libertadores e acumula 14 jogos de invencibilidade longe de casa na competição, uma marca que jamais havia sido alcançada por qualquer clube. Na edição deste ano, entre partidas dentro e fora do Allianz Parque, são sete vitórias e apenas uma derrota, com 22 gols marcados e 7 sofridos.
O adversário da vez, porém, tem lhe criado problemas. O São Paulo venceu o duelo recente pelo título estadual e também tem ampla vantagem nos embates históricos no principal torneio sul-americano: eliminou o Palmeiras nos mata-matas em 1994, 2005 e 2006, sem perder nenhum jogo nos confrontos.
Em 1994, os dois times eram muito fortes. O clube alviverde fora campeão paulista, do Rio-São Paulo e do Brasileiro em 1993. O tricolor ganhara pelos segundo ano seguido a própria Libertadores e tentava o tri. O primeiro jogo das oitavas de final terminou sem gols, com boas defesas do são-paulino Zetti. No segundo, Euller balançou a rede duas vezes e definiu o placar de 2 a 1 —Evair descontou.
Onze anos depois, em novo encontro pelas oitavas do torneio continental, o São Paulo ganhou os dois jogos: 1 a 0 no antigo Palestra Itália, com gol de Cicinho, e 2 a 0 no Morumbi, com gols de Cicinho e Rogério Ceni. A campanha terminou em título e em classificação para o Mundial de 2005, vencido no Japão.
Em 2006, o Choque-Rei, como é chamado o clássico, ocorreu mais uma vez nas oitavas. Houve equilíbrio na partida de ida, 1 a 1, e o placar estava perto de se repetir na de volta. Um pênalti no final do confronto, porém, foi convertido por Ceni, que castigou os palmeirenses mais uma vez.
Em 2021, o encontro será nas quartas. Desta vez, é o Palmeiras que entra em campo defendendo o título. E chega com a consistência de um time que briga pela liderança do Campeonato Brasileiro: com 71% de aproveitamento, está na segunda posição. O São Paulo, com 33%, está em 16º lugar, apenas um ponto à frente da zona de rebaixamento.
Os treinadores sabem, porém, que a classificação do Nacional não importa muito neste momento. Hernán Crespo ainda não foi derrotado pelo Palmeiras —são duas vitórias e dois empates—, e Abel Ferreira nunca ganhou o confronto. A última vitória da equipe alviverde sobre o rival foi sob comando de Mano Menezes, ainda em 2019, quando o técnico são-paulino era Fernando Diniz. Desde então, são quatro empates e três vitórias do clube do Morumbi.
No período olímpico, os dois times viveram momentos distintos. O São Paulo balançou no Campeonato Brasileiro e até sofreu uma goleada para o Flamengo, por 5 a 1, mas saiu da zona de rebaixamento na última rodada ao vencer o Athletico. O time garantiu a vaga nas quartas de final da Libertadores e também avançou às quartas de final da Copa do Brasil.
O Palmeiras jogou menos durante as Olimpíadas de Tóquio. Teve mais tempo para treinar, mas vem de derrota para o Fortaleza, na qual perdeu também a liderança do Nacional.
Mas o que importa agora é começar bem o confronto internacional e dar um passo importante na briga para alcançar as semifinais. A partida de volta ocorrerá na próxima semana, no dia 17, também às 21h30, no Allianz Parque.
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