A Copa América seria realizada inicialmente na Colômbia e na Argentina. O primeiro país foi descartado no último dia 20, por causa da turbulência política que vive. O segundo, no domingo (30), em razão do situação da pandemia por lá. E, assim, o torneio chegou ao Brasil.
Os três países estão entre as nações com pior controle do novo coronavírus no mundo.
A América do Sul lidera o ranking mundial de novas mortes por milhão de habitantes, segundo os dados do último dia 30, compilados pelo Our World in Data, da Universidade de Oxford.
O pior sul-americano é o Paraguai, onde fica a sede da Conmebol. Na média móvel de óbitos por dia, são 14,5 para cada milhão de pessoas. Na sequência, vem o Uruguai, com 14.
Com pouca diferença, aparecem os três países escolhidos como sede pela Conmebol: Argentina, com 11, Colômbia, com 10, e Brasil, em quinto do ranking, com 9.
Depois, vêm a Bolívia, a Costa Rica (o único de fora da América do Sul no quesito) e o Chile, que chegou a ser cogitado como sede após desistência da Argentina.
Se na média móvel de óbitos apresenta situação levemente melhor do que a vista nas sedes estabelecidas anteriormente, o Brasil empata com a Argentina na proporção da população vacinada com a primeira dose, 21%. Ambos estão à frente da Colômbia, que iniciou a vacinação apenas em 13% de seus moradores —vale ressaltar que a imunização só se com duas doses.
Em número de novos casos confirmados, contudo, a Argentina está no momento bem à frente do Brasil.
A média móvel registrada no domingo era de 677 testes positivos por dia a cada milhão de habitantes, contra 423 na Colômbia e 290 no Brasil.
Os argentinos vivem desde o fim de março uma explosão de infectados, com novo repique nos últimos 15 dias.
Entre os estados brasileiros cotados para receber partidas da Copa América, Pernambuco e Rio Grande do Norte apresentam aceleração nos números da pandemia, segundo o monitor da Folha. São Paulo e Rio de Janeiro estão estáveis (ou seja, número de novos casos em estabilidade, mas em patamar elevado). Amazonas e Distrito Federal têm novos casos em queda.
Já as cidades que poderiam receber as partidas, Natal (RN), Brasília (DF), Manaus (AM) e São Paulo (SP) têm ritmo desacelerado. Recife (PE) apresenta quadro estável, e no Rio a situação é acelerada.
Desses municípios, Natal é o que tem a pior situação, e Manaus, a melhor.
A capital do Rio Grande do Norte tem média diária de 16 novas mortes por milhão de habitantes nos últimos sete dias. Considerado todo o país, ela ocupa o quarto lugar.
Ainda entre as cidades cogitadas, vêm na sequência Recife, com 13, São Paulo, com 11, Brasília, com 9, e Rio de Janeiro, com 7. Manaus tem 1.
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