Descrição de chapéu Copa Libertadores 2020

Abel homenageia Luxemburgo e pede bocadinho de paciência com técnicos brasileiros

Vocês devem valorizar mais aquilo que é vosso, afirma treinador palmeirense após título

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Rio de Janeiro

Campeão da Copa Libertadores e emocionado com o primeiro título de sua carreira, o português Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, fez uma série de homenagens após a conquista deste sábado (30), no Maracanã.

Entre os homenageados, o treinador de 42 anos fez menção especial a Vanderlei Luxemburgo, que iniciou o torneio continental no comando da equipe alviverde.

Com Luxemburgo, o clube teve a melhor campanha da fase de grupos, o que fez com que o time decidisse todas as séries eliminatórias em casa até as semifinais.

“Essa caminhada quem começou foi Vanderlei Luxemburgo. Quando peguei o time, o Palmeiras estava em todas as competições. Há um trabalho dele, não é só meu”, afirmou Abel, após a vitória sobre o Santos, no Rio.

O português repetiu o feito do compatriota Jorge Jesus, que levantou o troféu de campeão da América na última edição da competição, em 2019, com o Flamengo.

Em meio à entrevista coletiva, o técnico levou o tradicional banho dos atletas, que invadiram o auditório para comemorar, com bastante água, a conquista ao lado de seu treinador.

Além da homenagem a Luxemburgo, Abel Ferreira também agradeceu o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, que ligou para parabenizá-lo, e pediu paciência aos técnicos brasileiros.

“Quando eu cheguei aqui, queriam mandar o Abel Braga embora. Se tudo correr de forma natural, ele vai ser campeão [brasileiro]. É muito difícil competir aqui. Tem o Renato, que tem um trabalho espetacular. E vocês devem valorizar mais aquilo que é vosso. Os portugueses também são um bocadinho assim, só valorizam quando vão embora. O próprio Diniz, vocês têm que ter um bocadinho de paciência. Querem resultado de uma hora para a outra, mas isso não é possível”, disse o comandante palmeirense.

Com a bandeira de Portugal nas costas, Abel Ferreira festeja a conquista da Libertadores
Com a bandeira de Portugal nas costas, Abel Ferreira festeja a conquista da Libertadores - Ricardo Moraes/AFP

Já no fim da coletiva, Abel se emocionou ao recordar a família, que vive em Portugal, e os dias solitários que passou no CT do Palmeiras desde sua chegada.

O português, que chegou em novembro, vai em busca de seu segundo título com a equipe no Mundial de Clubes, que começa em fevereiro.

“É verdade que hoje sou melhor treinador, mas sou o pior pai, o pior filho, o pior irmão. Deixei minha família de lado. Vocês não sabem a quantidade de vezes que chorei sozinho no travesseiro. Porque é muito difícil. Adoro minhas filhas, minha esposa. Atravessei o Atlântico e acreditei numa coisa antes de ela acontecer. Contra muitas previsões. Sou muito melhor treinador do que era há três meses. Infelizmente há algo que temos de sacrificar em nossa profissão.”

Gustavo Gómez exalta trabalho de Abel

Responsável por levantar a taça de campeão da América neste sábado (30), no Maracanã, o zagueiro e capitão do Palmeiras, Gustavo Gómez, se juntou ao ex-lateral-direito Arce na galeria de paraguaios que venceram a Libertadores pelo clube alviverde.

Arce, inclusive, foi importante na época da contratação de Gómez, em 2018. Técnico do defensor na seleção do Paraguai, ele foi um dos que deram parecer positivo à diretoria palmeirense para que fechassem com o atleta.

Contra o Santos, no Rio de Janeiro, o símbolo de liderança do elenco comandado por Abel Ferreira eternizou seu nome na história palestrina.

“Era um sonho para nós, o de entrar na história do Palmeiras. Conquistar esse título depois de tanto tempo. Agora é comemorar e dedicar a todos que trabalham no Palmeiras e à minha família que está no Paraguai”, afirmou Gómez, após a decisão continental deste sábado.

Gustavo Gomez (à esq.) ergue a taça da Libertadores junto com Felipe Melo
Gustavo Gomez (à esq.) ergue a taça da Libertadores junto com Felipe Melo - Mauro Pimentel/AFP

Para Gustavo Gómez, a chegada do português foi uma peça fundamental para a conquista da taça no Maracanã.

“Nosso time trabalhou sempre com humildade. Chegou o professor Abel [Ferreira] para mentalizar em nós que podíamos vencer, ele abraçou o grupo, o elenco, acreditou em todos. Nosso grupo merecia esse título”, completou o paraguaio.

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