Wimbledon receberá US$ 141 milhões (cerca de R$ 720 milhões) de seu seguro pelo cancelamento da edição de 2020 do torneio. O evento não acontecerá pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, agora por conta da pandemia de coronavírus.
Os valores foram revelados pelo jornalista Darren Rovell em uma postagem no Twitter. "Wimbledon pagou [US]$2 milhões [por volta de R$ 20 mi] por ano por um seguro contra pandemia nos últimos 17 anos", escreveu.
Dias antes de publicar a informação, o mesmo repórter entrevistou o diretor executivo de Wimbledon, Richard Lewis, que revelou a existência da garantia.
Segundo a reportagem, o torneio estimava uma receita de 250 milhões de libras, mais de R$ 1,5 bilhão. O executivo espera que o rombo nas contas seja apaziguado com o pagamento do seguro, e projeta um futuro problemático para o tênis mundial em 2020.
"Não acho que é irreal dizer que podemos não ter mais tênis neste ano", disse Lewis.
A organização de Wilbledon informou o cancelamento do torneio no dia 1º de abril deste ano. Antes, o Grand Slam de Roland Garros também já havia anunciado que não aconteceria.
"Nossa prioridade é a saúde e a segurança de todos que juntos fazem Wimbledon acontecer –o público no Reino Unido e visitantes de todo o mundo, nossos atletas, convidados, estafe, voluntários, parceiros, contratantes e residentes locais– assim como a nossa responsabilidade para os esforços da sociedade no combate que este desafio global impõe ao nosso modo de viver", diz trecho do comunicado.
A 134ª edição do torneio, um dos quatro principais do circuito do tênis, começaria no dia 29 de junho. Com o cancelamento deste ano, a competição acontecerá entre 29 de junho e 11 de julho de 2021.
Evento mais tradicional da modalidade, Wimbledon é disputado desde 1877 no masculino e 1884 no feminino. A competição só foi interrompida durante as duas grandes guerras (1914 a 1918 e 1939 a 1945).
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