Corretor brasileiro � suspeito de quitar parcela de propina pela Rio-16
Dono de uma corretora de c�mbio no Rio, Willy Kraus, morto em 2015, � um dos suspeitos de ter quitado uma segunda parcela da propina paga ao senegal�s Lamine Diack, membro do COI (Comit� Ol�mpico Internacional), para a escolha do Rio como sede da Olimp�ada de 2016.
O Minist�rio P�blico franc�s identificou quatro transfer�ncias que somam US$ 250 mil (cerca de R$ 794 mil na cota��o atual) de uma conta de Kraus num banco su��o para empresa Papa Massata Diack, filho do membro do COI. A conta do banco Societ� Generale em Dacar (Senegal) de Diack � a mesma usada pelo empres�rio Arthur Soares para pagar US$ 2 milh�es (cerca de R$ 6,36 milh�es na cota��o atual) em setembro, segundo as investiga��es.
Soares � acusado de ter pago a propina a pedido do ex-governador S�rgio Cabral, com a intermedia��o do ex-presidente do comit� Organizador Rio-16, Carlos Arthur Nuzman e o ex-diretor Leonardo Gryner. Todos foram denunciados pelo Minist�rio P�blico Federal do Rio.
As transfer�ncias de Kraus coincidem com o relatado por Massata Diack em e-mail enviado � ent�o secret�ria de Nuzman, Maria Celeste. Na mensagem, enviada no dia 6 de janeiro de 2010, ele confirma o recebimento de duas transfer�ncias (US$ 50 mil e US$ 60 mil) e aponta um d�bito de US$ 340 mil.
Ricardo Moraes/Reuters | ||
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Carlos Arthur Nuzman (centro), ex-presidente do COB (Comit� Ol�mpico do Brasil), � preso no Rio |
Dois dep�sitos feitos por Kraus ocorreram antes do envio do e-mail com os mesmos valores. Outras duas transfer�ncias (US$ 80 mil e US$ 60 mil) ocorreram ap�s o envio do e-mail. Todos sa�ram do banco Aargauische Kantonal, da Su��a.
A investiga��o identificou uma s�rie de e-mails de Massata Diack fazendo cobran�as mesmo ap�s o pagamento de Soares, em setembro de 2009. Em 26 de novembro de 2009, Gryner havia enviado um e-mail para o senegal�s afirmando que tinha "um patrocinador diferente para essa �ltima por��o".
"Esse patrocinador est� tendo problemas com essa transfer�ncia e estamos tentando ajudar ele", escreveu o ex-diretor da Rio-16. A suspeita � que Kraus seja o novo "patrocinador" ou um intermedi�rio dele.
A procuradora Fabiana Schneider afirma ter provas de pagamento de propina apenas a Lamine Diack. Contudo, ela afirmou que o senegal�s tinha ascend�ncia sobre outros dirigentes africanos, o que poderia determinar o voto de mais membros do COI.
Num dos e-mails, Massata Diack afirma que o atraso no pagamento da segunda parcela (US$ 450 mil) ocasionou "todo tipo de constrangimento de pessoas que confiaram no nosso comprometimento em Copenhague".
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