Palmeiras vence Chapecoense e conquista nono t�tulo brasileiro
Foram 22 anos sem t�tulos do Brasileiro. Oito mil e catorze dias mais de lutas que de gl�rias. Mas neste domingo (27), o palmeirense p�de finalmente voltar a comemorar um t�tulo do Brasileiro. Com a vit�ria por 1 a 0 sobre a Chapecoense pela pen�ltima rodada do campeonato, o Palmeiras conquistou o nono t�tulo do Nacional em sua hist�ria, sagrando-se, assim, o primeiro eneacampe�o do pa�s.
A ta�a � a primeira do Palmeiras com a f�rmula de pontos corridos do Brasileiro, e se soma a dois t�tulos da Ta�a Brasil (1960 e 1967), dois do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969) e quatro outros Brasileiros (1972, 1973, 1993 e 1994). Assim, o Palmeiras ultrapassa o Santos, que tem oito. Em 2010, a CBF unificou as conquistas dos torneios nacionais realizados na d�cada de 1960 com as do Campeonato Brasileiro, batizado assim a partir de 1971.
Com a conquista encaminhada, j� que precisava apenas de um empate para garantir o t�tulo, o time do Palmeiras teve mais uma vez como diferencial a vis�o de jogo do t�cnico Cuca. Acostumado a moldar sua equipe de acordo com o advers�rio, ele tirou Cleiton Xavier do time titular, adiantando Jean para o meio de campo e colocando Fabiano na lateral direita. A ideia era dar pot�ncia defensiva ao time, refor�ando a prote��o a Edu Dracena, que assumiu a vaga de Mina, lesionado. Se o Palmeiras n�o sofresse nenhum gol, seria campe�o mesmo sem anotar um tento.
Mas o Palmeiras preferiu consagrar o t�tulo com vit�ria. Finalista da Sul-Americana, a Chapecoense entrou em campo com um time que misturava reservas e alguns titulares, que resistiram durante metade do primeiro tempo � press�o da equipe da casa.
Jogando com tranquilidade, atributo raro nas equipes palmeirenses do jejum, o Palmeiras pressionou sem sofrer perigo, com const�ncia, at� chegar ao gol.
Que teve a marca indel�vel do "Cucabol", tal como foi apelidado o estilo de jogo do t�cnico ao longo da temporada, com jogadas ensaiadas, gols de cabe�a, marca��o forte na sa�da de bola e contra-ataques agudos. Aos 25 minutos do primeiro tempo, em cobran�a de falta, Dudu rolou a bola para Z� Roberto, que passou rasteiro para a �rea. Gabriel Jesus fez corta-luz, Mois�s deu toque de letra e Fabiano tocou de cobertura sobre o goleiro Danilo. O belo lance contou com a participa��o dos alicerces da equipe na temporada: o l�der de assist�ncias (12), Dudu; o artilheiro, Gabriel Jesus (12); e o melhor jogador da equipe e talvez do campeonato, Mois�s.
No segundo tempo, o Palmeiras avan�ou apenas quando teve seguran�a de que n�o poderia receber um contra-ataque. Mois�s e Gabriel Jesus chegaram perto de ampliar a vantagem, mas a bola passou raspando a trave esquerda da Chapecoense, que n�o demonstrou maiores pretens�es de estragar a festa que estava armada.
Em sua despedida do Allianz Parque, j� que foi negociado com o Manchester City, Gabriel Jesus, 19, se empenhou em deixar sua marca no adeus, mas parou em boas defesas de Danilo.
Aos 45 minutos do segundo tempo, Cuca fez substitui��o que fez o est�dio entrar em polvorosa. O O goleiro Jailson, que nunca havia jogado S�rie A at� 2016, virou titular da equipe em agosto e n�o perdeu nenhuma partida do Brasileiro desde ent�o, deu lugar a Fernando Prass, o maior �dolo do time nos �ltimos anos, her�i do �ltimo t�tulo do Palmeiras, a Copa do Brasil.
"Esse � um grupo que n�o tem grandes estrelas. Foi na ra�a, na garra. Em 1993, 1994, era cheio de jogadores da sele��o brasileira", disse Cuca em entrevista � TV Globo.
Em clima de festa, o Palmeiras ainda cumpre tabela no pr�ximo domingo (4), contra o Vit�ria, no Barrad�o. Por for�a do destino, trata-se do mesmo advers�rio que o rebaixou pela primeira vez, em 2002. Desta vez, os jogadores entrar�o mais leves em campo do que quaisquer outros atletas palmeirenses nos �ltimos 22 anos do clube. Sair com a vit�ria da Bahia teria significado especial para a triunfante temporada palmeirense. Seria, talvez, a prova dos nove do fim dos anos modorrentos.
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