Campe�es mundiais de basquete lamentam que heran�a foi desperdi�ada
H� 50 anos, o Brasil conquistou pela �ltima vez um Mundial de basquete.
Uma gl�ria que contrasta com a atual situa��o da sele��o, coadjuvante nos principais torneios internacionais.
"Est�vamos em uma caminhada junto do futebol. Em um ano eles eram campe�es do mundo e, no ano seguinte, �ramos tamb�m. Mas hoje j� n�o temos mais isso. Nosso basquete caiu muito", afirma Wlamir Marques, cestinha da equipe campe�, com 108 pontos em seis jogos.
Ze Carlos Barretta/Folhapress | ||
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Wlamir Marques, bicampe�o mundial de basquete em 1963 com a sele��o brasileira, posa para foto |
Sob o comando de Togo Renan Soares, o Kanela, aquela gera��o ganhou dois t�tulos mundiais (em 1959 e 1963) e dois bronzes ol�mpicos (em Roma-1960 e T�quio-1964).
"Tanto a minha gera��o quanto a seguinte eram muito boas e tinham muitas condi��es de conseguir bons resultados. O que faltou foi o apoio t�cnico que deveria ser dado pela CBB [Confedera��o Brasileira de Basquete]", diz Benedito C�cero Tortelli, o Paulista, campe�o em 1963.
Para os jogadores daquele time, o pa�s perdeu destaque no cen�rio internacional ao n�o ter dado continuidade a um trabalho de desenvolvimento do esporte.
"O Brasil perdeu 30 anos de evolu��o no basquete. Os europeus est�o muito � frente de n�s tecnicamente, fisicamente e taticamente. S� se acontecer um desastre na Europa para nos equipararmos a eles", afirma Tortelli.
"No futebol, voc� v� pa�ses que n�o eram nada e hoje jogam de igual para igual com as grande sele��es. No basquete aconteceu o mesmo, mas a gente ficou parado."
Como defendia seu t�tulo, a equipe brasileira entrou naquele Mundial j� na fase decisiva, contra as seis melhores sele��es da primeira fase.
No Maracan�zinho, contou com apoio da torcida e, ap�s vencer suas cinco partidas, chegou para a final contra os EUA, em 25 de maio de 1963, a uma vit�ria do t�tulo.
Apesar de ter perdido para Iugosl�via e Uni�o Sovi�tica na primeira fase, a equipe americana chegou credenciada pela vit�ria sobre o Brasil na final do Pan, uma semanas antes, em S�o Paulo.
"Fomos para o jogo mordidos. Perdemos em S�o Paulo porque eles fizeram um jogo espetacular", diz Wlamir, o cestinha, com 26 pontos.
A vit�ria foi apertada: 85 a 81. "Os cariocas abra�aram a sele��o. Chegamos ao t�tulo gra�as aos 20 mil que lotavam o gin�sio", afirma Tortelli.
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